Tomo (Oct 2005)
"Todo dia ela(s) faz(em) tudo sempre igual": relações de multo trabalho e pouco poder, vividas pelas assentadas sergipanas
Abstract
Este artigo tern como objetivo analisar os limites e possibilidades da participação das mulheres trabalhadoras rurais, principalmente, e dos homens, no cotidiano de assentamentos rurais no Estado de Sergipe, a exemplo de Ivan Ribeiro, Vitória da União, e Nossa Senhora da Glória. Através das relações de gênero, revelo como o trabalho feminino é repleto de clivagens e assimetrias de poder, reforçado pelas divisões sexuais e por menor participação nas decisões do grupo. O trabalho das assentadas é visto como uma extensão de seu papel de mãe, esposa e dona de casa que se sobrepõe as atividades produtivas fora do ambiente doméstico.