Revista de Estudos em Educação e Diversidade (Mar 2022)

SUPERMERCADOS ENQUANTO ESPAÇOS DE CULTURA CIENTÍFICA: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE QUÍMICA

  • Manoel Henrique Estércio Farias Plácido,
  • Rafaelle Bonzanini Romero,
  • Adriano Lopes Romero

DOI
https://doi.org/10.22481/reed.v3i7.10151
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 7

Abstract

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Estudos recentes na área de Ensino de Ciências indicam ser necessário considerar a cultura científica como parte fundamental da formação dos cidadãos e que uma verdadeira cultura científica não pode ser separada da cultura clássica, mas deve ser considerada como parte integrante e essencial dela. Nesse contexto, o presente ensaio tem como objetivo indicar a potencialidade de supermercados como espaços que contribuem para a formação da cultura científica. Para isto, exploramos alguns termos (colesterol, glúten e fator de proteção solar), comumente observados em embalagens de produtos industrializados, que podem ser utilizados como temas de estudo em disciplinas de Química. Chamamos a atenção para o fato de alguns termos científicos serem utilizados apenas como marketing científico para influenciar a compra do produto, tal como os termos "sem colesterol" e "sem glúten". Defendemos que os supermercados são espaços coadjuvantes de divulgação da ciência e que, no contexto da Educação Básica, podem (e devem) ser entendidos pelos professores de Ciências como um rico espaço para trabalhar a cultura científica, uma vez que a produção dos inúmeros produtos ali contidos possuem muita ciência e tecnologia associadas. Trata-se, portanto, de uma possibilidade que permite ampliar a cultura clássica dos estudantes com a cultura científica, objetivo das disciplinas científicas.

Keywords