Revista Portuguesa de Cardiologia (Oct 2022)

Beta-blocker use in patients with heart failure with preserved ejection fraction and sinus rhythm

  • Francesc Formiga,
  • David Chivite,
  • Julio Nuñez,
  • Ma Carmen Moreno García,
  • Luis Manzano,
  • José Carlos Arévalo-Lorido,
  • Jose Manuel Cerqueiro,
  • Álvaro García Campos,
  • Joan Carles Trullàs,
  • Manuel Montero-Pérez-Barquero

Journal volume & issue
Vol. 41, no. 10
pp. 853 – 861

Abstract

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Introduction: Beta-adrenergic receptor blockers (beta-blockers) are frequently used for patients with heart failure (HF) with preserved ejection fraction (HFpEF), although evidence-based recommendations for this indication are still lacking. Our goal was to assess which clinical factors are associated with the prescription of beta-blockers in patients discharged after an episode of HFpEF decompensation, and the clinical outcomes of these patients. Methods: We assessed 1078 patients with HFpEF and in sinus rhythm who had experienced an acute HF episode to explore whether prescription of beta-blockers on discharge was associated with one-year all-cause mortality or the composite endpoint of one-year all-cause death or HF readmission. We also examined the clinical factors associated with beta-blocker discharge prescription for such patients. Results: At discharge, 531 (49.3%) patients were on beta-blocker therapy. Patients on beta-blockers more often had a prior diagnosis of hypertension and more comorbidity (including ischemic heart disease) and a better functional status, but less often a prior diagnosis of chronic obstructive pulmonary disease. These patients had a lower heart rate on admission and more often used angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers, angiotensin receptor-neprilysin inhibitors and loop diuretics. One year after the index admission, 161 patients (15%) had died and 314 (29%) had experienced the composite endpoint. After multivariate adjustment, beta-blocker prescription was not associated with either all-cause mortality (HR=0.83 [95% CI 0.61-1.13]; p=0.236) or the composite endpoint (HR=0.98 [95% CI 0.79-1.23]; p=0.882). Conclusion: In patients with HFpEF in sinus rhythm, beta-blocker use was not related to one-year mortality or mortality plus HF readmission. Resumo: Introdução: Os bloqueadores dos recetores β-adrenérgicos (bloqueadores-β) são frequentemente utilizados nos doentes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção preservada (IC-FEp), embora ainda escasseiem as recomendações baseadas na evidência para essa indicação. O nosso objetivo foi avaliar que fatores clínicos estão associados à prescrição de β-bloqueadores em doentes com alta após um episódio de descompensação por IC-FEp e os outcomes destes doentes. Métodos: Avaliámos 1078 doentes com IC-FEp em ritmo sinusal após um episódio de IC aguda para avaliar se a utilização de bloqueadores-β no momento da alta se associou à mortalidade global ao fim de um ano ou ao endpoint composto de mortalidade global ao fim de um ano ou reinternamento por IC. Resultados: No momento da alta, 531 (49,3%) doentes estavam medicados com bloqueadores-β. Estes doentes apresentaram mais frequentemente um diagnóstico prévio de hipertensão e mais comorbilidades (incluindo doença cardíaca isquémica) e um melhor status funcional, mas com menor frequência um diagnóstico prévio de doença pulmonar obstrutiva crónica. Apresentaram também uma frequência cardíaca mais baixa no momento do internamento e foram tratados mais frequentemente com inibidores da enzima de conversão da angiotensina, bloqueadores dos recetores de angiotensina, inibidores dos recetores de angiotensina-neprilisina e diuréticos de ansa. Um ano após a admissão-índice, 161 doentes (15%) tinham morrido e 314 (29%) tinham atingido o objetivo composto. Após análise multivariada, a indicação para bloqueadores-β não se associou nem ao endpoint primário s [HR=0,83 (CI 95%: 0,61-1,13); p=0,236] nem ao composto [HR=0,98 (CI 95%: 0,79-1,23); p=0,882]. Conclusão: Em doentes com IC-FEp em ritmo sinusal, a utilização de bloqueadores-β não se associou à redução da mortalidade global a um ano nem à redução de mortalidade global e reinternamento por IC.

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