Medicina (Sep 1996)

Alotransplante cardíaco em ratos: complicações cirúrgicas e sobrevida do enxerto

  • Adauto J. Cologna,
  • Antônio Carlos P. Martins,
  • Haylton J. Suaid,
  • Maria Ângeles S. Llorach-Velludo

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v29i2/3p285-290
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 2/3

Abstract

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O objetivo desta apresentação é o de relatar as complicações cirúrgicas ocorridas no intra-operatório e, a sobrevida do coração transplantado. Os autores realizaram o alotransplante cardíaco heterotópico, utilizando, como doadores, ratos Wistar e, como receptores, ratos Holtzman. A técnica utilizada foi a descrita por Ono e Lindsey, empregando-se fio de seda 7.0 para as anastomoses vasculares. Foram operados 56 animais: em 41, obteve-se sucesso na cirurgia (73%); em 15, o resultado foi insatisfatório (26%). Dentre as complicações responsáveis pelo insucesso foram observadas: hemorragia arterial (6/15), trombose venosa (2/15), trombose coronariana (2/15) e perda do órgão caracterizada pela ausência de batimentos cardíacos (5/15). O tempo de isquemia total foi de 57,6 minutos e o tempo médio gasto para realização das suturas vasculares foi de 44,6 minutos. O diagnóstico da rejeição foi feito pela ausência de batimentos cardíacos à palpação do abdome. A sobrevida média do enxerto foi de 10,4 dias. Não foi empregada nenhuma medida imunossupressora. Os exames histopatológicos realizados nos corações rejeitados mostraram alterações conseqüentes à agressão imunológica (infiltrado mononuclear, necrose de fibras do miocárdio, edema e aumento de tamanho). Apesar da ocorrência de complicações intra-operatórias, este é um modelo simples que pode contribuir para o estudo da imunologia.

Keywords