Revista de Saúde Pública (Oct 2009)
Utilização de assentos de segurança por crianças matriculadas em creches Utilización de asientos de seguridad por niños matriculados en guarderías Child safety restraint use among children attending day care centers
Abstract
OBJETIVO: Estimar a prevalência de utilização de assentos de segurança infantil e fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal observacional, com amostragem estratificada, realizado em 15 creches da cidade de Maringá, PR, entre os meses de março e maio de 2007. Cada creche foi visitada em apenas um dia letivo. O desfecho considerado foi a utilização de assento de segurança infantil por crianças de até quatro anos de idade. Carros (N=301) que transportavam crianças menores de quatro anos de idade foram abordados e as informações foram coletadas por meio de questionários semi-estruturados. Variáveis relacionadas a distribuição de adultos e crianças nos assentos do veículo, situação de restrição dos ocupantes e sexo do condutor foram analisadas. Para análise dos dados aplicou-se o teste exato de Fisher, qui-quadrado de Mantel-Haenszel e regressão logística. RESULTADOS: Entre os motoristas abordados, 51,8% usavam cinto de segurança (60,4% das mulheres, 44,9% dos homens). Entre as crianças, 36,1% usavam assentos de segurança infantil, 45,4% eram transportadas soltas, 16,0% estavam no colo de adultos, 2,7% usavam o cinto de segurança. Segundo a regressão logística, os fatores que mais influenciaram o uso dos assentos de segurança infantil foram: idade da criança inferior a 15 meses (OR= 3,76), uso de cinto de segurança pelo condutor (OR= 2,45) e crianças pertencentes aos estratos sociocupacionais de maior renda e escolaridade (OR= 1,37). CONCLUSÕES: A utilização de assentos de segurança infantil mostrou-se associada à idade da criança, uso de cinto de segurança pelo condutor e estrato sociocupacional da creche. Frente ao baixo índice de utilização, o uso dos assentos de segurança infantil surge como desafio à medicina preventiva no Brasil, exigindo atenção e atuação para sua disseminação na população.OBJETIVO: Estimar la prevalencia de utilización de asientos de seguridad infantil y factores asociados. MÉTODOS: Estudio transversal observacional, con muestreo estratificado, realizado en 15 guarderías de la ciudad de Maringá (Sur de Brasil), entre los meses de marzo y mayo de 2007. Cada guardería fue visitada en sólo un día lectivo. El resultado considerado fue la utilización de asiento de seguridad infantil por niños de hasta cuatro anos de edad. Carros (N=301) que transportaban niños menores de cuatro anos de edad fueron abordados y las informaciones fueron colectadas por medio de cuestionarios semi-estructurados. Las variables relacionadas a distribución de adultos y niños en los asientos del vehículo, situación de restricción de adultos pasajeros y niños y sexo del conductor fueron analizadas. Para análisis de los datos se aplicó la prueba exacta de Fisher, ji-cuadrado de Mantel-Haenszel y regresión logística. RESULTADOS: Entre los conductores abordados, 51,8% usaban cinturón de seguridad (60,4% de las mujeres, 44,9% de los hombres). Entre los niños, 36,1% usaban asientos de seguridad infantil, 45,4% eran transportadas sueltas, 16,0% estaban en las piernas de adultos, 2,7% usaban el cinturón de seguridad. Según la regresión logística, los factores que más influenciaron el uso de asientos de seguridad infantil fueron: edad del niño inferior a 15 meses (OR=3,76), uso de cinturón de seguridad por el conductor (OR= 2,45) y niños pertenecientes a los estratos sociocupacionales de mayor renta y escolaridad (OR=1,37). CONCLUSIONES: La utilización de asientos de seguridad infantil se mostró asociada a la edad del niño, uso de cinturón de seguridad por el conductor y estrato sociocupacional de la guardería. Frente al bajo índice de utilización, el uso de los asientos de seguridad infantil surge como desafío a la medicina preventiva en Brasil, exigiendo atención y actuación para su diseminación en la población.OBJECTIVE: To estimate the prevalence of child safety restraint use and factors associated. METHODS: Observational cross-sectional study using a stratified sampling conducted in the city of Maringá, Southern Brazil, between March and May 2007. Each day care center was visited at one day only. The outcome was use of child safety restraints by children under four. Vehicles (N=301) driving children under four were approached and information was collected using semi-structured questionnaires. Variables regarding child and adult seat distribution, use of safety restraints by occupants and driver's gender were analyzed. Data analyses included Fisher's exact test, Mantel-Haenszel chi-square test, and logistic regression. RESULTS: Of the drivers approached, 51.8% were using seat belts (60.4% among women, 44.9% among men). Among children, 36.1% were using child safety seats, 45.4% were unrestrained during traveling, 16.0% were seated on an adult lap, and 2.7% were using seat belts. The logistic regression showed the following factors affecting child safety restraint use: child age under 15 months (OR = 3.76); seat belt use by the driver (OR = 2.45); and children from socio-occupational condition with higher income and education (OR = 1.37). CONCLUSIONS: Child safety restraint use was associated to child age, seat belt use by the driver, and socio-occupational condition of day care centers. The finding of low rates of child safety restraint use poses a challenge to preventive medicine in Brazil, requiring attention and action to promote its widespread use.