Brazilian Journal of Transplantation (Mar 2012)

VIGILÂNCIA CLINICO-LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO HERPESVÍRUS HUMANO 6 (HHV-6) E HERPESVÍRUS HUMANO 7 (HHV-7) E DA CO-INFECÇÃO COM CITOMEGALOVÍRUS HUMANO (HCMV) APÓS O TRANSPLANTE HEPÁTICO

  • Ana Maria Sampaio,
  • Elisabete Yoko Udo,
  • Sohemys Silvestre Bodine,
  • Lisandra Akemi Suzuki,
  • Célia Regina Pavan,
  • Raquel Bello Stucchi,
  • Elza Cotrim Soares,
  • Marilda Mazzali,
  • Sandra Helena Alves Bonon,
  • Claudio Lúcio Rossi,
  • Sandra Cecilia Botelho Costa,
  • Ilka de Fátima Ferreira Boin

DOI
https://doi.org/10.53855/bjt.v15i2.177
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 2

Abstract

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Os herpesvírus humanos HHV-6 e HHV-7, após infecção primária, permanecem latentes no organismo, podendo reativar-se por período de imunossupressão. Objetivo: Realizar vigilância laboratorial da infecção por HHV-6, HHV-7 e infecção com citomegalovírus Humano (HCMV) no pós-transplante hepático, através das técnicas de antigenemia, N-PCR e sorologia. Métodos: Amostras de 32 pacientes, com idade mediana de 47 (18-66) anos, sendo 20 (62,5%) do sexo masculino e 12 (37,5%) do sexo feminino. A monitorização laboratorial iniciou-se no pré-operatório e, após o transplante, de modo semanal, do 1º ao 2º mês, quinzenal no 3º mês, e mensal do 4º ao 6º mês. A partir de extração de linfócitos, realizou-se a detecção de HHV-6 e HHV-7, pela técnica de antigenemia. A detecção de anticorpos IgM anti HHV-6 foi realizada pelo teste Elisa. Realizou-se antigenemia, N-PCR e sorologia para HCMV, HHV-6 e HHV-7. Resultados: Com essas metodologias, a detecção de IgM anti HHV-6 foi positiva em 15,6% dos pacientes no pré-transplante, 25% na quarta semana, 40,6% na 12a semana e em 46,9% na 24a semana, após o enxerto. A antigenemia para HCMV, HHV-6 e HHV- 7 foi positiva em 46,9%, 62,5% e 46,8% respectivamente. A N-PCR para HCMV e HHV-6 ocorreu em 81% dos casos, e para HHV-7 em 46,8%. Detectou-se que 50% dos pacientes estudados tiveram doença por HCMV. A doença causada pelo HHV-6 foi observada em 46,8% dos pacientes e em 15,6% para HHV-7. A concomitância de doenças foi observada nos pacientes com HCMV e HHV-6 em 21,9% e em 15,6% dos pacientes com HHV-6 e HHV-7. A doença causada pelos betaherpesvirus foi detectada com maior frequência ao redor da quinta semana. Os episódios de doença para HHV-6 e HHV-7 precederam ao aparecimento da doença por HCMV. Conclusão: Este estudo confirma a relevância da infecção pelo HCMV, HHV-6 e HHV-7 e a importância do monitoramento para a detecção precoce desses agentes, possibilitando a utilização de um tratamento preemptivo, com redução do risco de doença.

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