Diálogos (Sep 2017)
Natureza e Civilização: a resistência indígena e as políticas de aldeamento nas margens dos rios Tocantins e Araguaia (1822-1850)
Abstract
O artigo analisa as políticas de aldeamento nas margens dos rios Tocantins e Araguaia, empreendidas pelos governantes da Província de Goiás, entre 1822 e 1850. A hipótese central é de que os aldeamentos foram impulsionados a partir de dois processos intrinsecamente ligados: a ação e a resistência dos indígenas representavam um obstáculo à transformação da natureza em bem de capital, do qual dependia o “futuro da civilização”, ao mesmo tempo em que serviam de justificativa para o discurso civilizador que embasava os aldeamentos. As fontes são os Relatórios presidenciais, a documentação administrativa provincial e o jornal A Matutina Meyapontense.