Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia (Jun 2020)

Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista

  • Francisco Silva Noelli,
  • Marianne Sallum

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2020.166053
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 34

Abstract

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A Cerâmica Paulista resultou da conexão de tecnologias, práticas, significados e memórias. Ela foi produzida inicialmente pelas tupiniquins, em uma aliança com os portugueses na área de São Vicente e continuada por diversas gerações de mulheres, incluindo as que vieram de fora. No contexto dessas relações, materialidades e alimentos foram usados, apropriados e transformados, através de escolhas que entrelaçaram tecnologias antigas com novidades e mudanças culturais e identitárias. O exame de vasilhas inteiras, de fragmentos e dados publicados, mostra que a Cerâmica Paulista foi produzida desde o século XVI com algumas variações. A persistência das comunidades de práticas levou adiante maneiras de fazer e usar vasilhas cerâmicas, moldando valores e relações sociais que definiram a identidade Paulista.

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