Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Dec 2010)

Ruídos na unidade de terapia intensiva: quantificação e percepção dos profissionais de saúde Noise in the intensive care unit: quantification and perception by healthcare professionals

  • Rui de Alencar Sampaio Neto,
  • Fabrício Olinda de Souza Mesquita,
  • Marçal Durval Siqueira Paiva Junior,
  • Francimar Ferrari Ramos,
  • Flávio Maciel Dias de Andrade,
  • Marco Aurélio de Valois Correia Junior

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2010000400010
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 4
pp. 369 – 374

Abstract

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OBJETIVO: Em uma unidade de terapia intensiva, a circulação de pessoas da equipe multidisciplinar e o número considerável de equipamentos e alarmes sonoros deixam o ambiente ruidoso. O objetivo desta pesquisa foi mensurar os níveis de ruídos de uma unidade de terapia intensiva da cidade de Recife e avaliar sua percepção pelos profissionais da unidade. MÉTODOS: Durante uma semana, 24 horas por dia, foi utilizado um decibelímetro para realizar mensurações a cada cinco segundos. Após as aferições, foi aplicado um questionário aos profissionais sobre sua percepção e incômodo causados pelo ruído, e se eles achavam possível reduzir o barulho. RESULTADOS: A média de ruído verificada foi de 58,21 ± 5,93 dB. O período diurno apresentou maiores níveis de ruídos que o noturno (60,86 ± 4,90 vs 55,60 ± 5,98 dB; p OBJECTIVE: The several multidisciplinary team personnel and device alarms make intensive care units noisy environments. This study aimed to measure the noise level of a medical-surgical intensive care unit in Recife, Brazil, and to assess the noise perception by the unit's healthcare professionals. METHODS: A decibel meter was used for continuous every five seconds one week noise levels recording. After this measurement, an interview shaped noise perception questionnaire was applied to the healthcare professionals, approaching the discomfort level and noise control possibilities. RESULTS: Mean 58.21 ± 5.93 dB noise was recorded. The morning noise level was higher than at night (60.85 ± 4.90 versus 55.60 ± 5.98, p <0.001), as well as work-days versus weekend (58. 77 ± 6.05 versus 56.83 ± 5.90, p <0.001). The evening staff shift change noise was louder than by daytime change (62.31 ± 4.70 versus 61.35 ± 5.08 dB; p < 0.001). Of the 73 questionnaire respondents, 97.3% believe that the intensive care unit has moderate or intense noise levels; 50.7% consider the noise harmful; and 98.6% believe that noise levels can be reduced. CONCLUSION: The measured noise levels were above the recommended. Preventive and educational programs approaching the importance of noise levels reduction should be encouraged in intensive care units.

Keywords