Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (Mar 2005)

Biological diversity variations of pediatric acute leukemia in Brazil: contribution of immunophenotypic profiles to epidemiological studies Diversidades biológicas da leucemia aguda em crianças no Brasil: contribuição de perfis imunofenotípicos para estudos epidemiológicos

  • Maria S. Pombo-de-Oliveira,
  • José C. Cordoba,
  • Dora M. Alencar,
  • Mércia M. Campos,
  • Kadma Carriço,
  • Jane Dobbin,
  • Maria D. Dorea,
  • Regina Ferreira,
  • Núbia Mendonça,
  • Isis Q. Magalhães

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-84842005000100007
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 1
pp. 21 – 26

Abstract

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We describe the demographic and biological characteristics of 1,459 children with acute leukemia in Brazil to compare the effect of immunophenotypic differences with environmental factors that might be involved in the etiology of acute lymphoblastic leukemia (ALL). Combined morphological and immunological classifications were available for 96% of cases. Of these, 55% were B cell precursor ALL comprising pro-B ALL and c-ALL, 15% T-ALL and 1.6% mature B-ALL. The proportion of Bp and T-ALL differed by race with 59% of whites being Bp-ALL and 60.7% of non-whites being T-ALL. Further inspection of these data revealed that the proportions of whites in each type (Bp/T-cell ALL) are almost identical in older children (60.3% and 59.3% respectively) but differ substantially in younger cases (Os autores descrevem as características biológicas de 1.459 crianças com leucemias agudas no Brasil, para comparar os efeitos de diferentes perfis imunofenotípicos com fatores ambientais que podem estar associados à etiologia das leucemias linfoblásticas agudas (LLA). As classificações morfológicas e imunofenotípicas combinadas foram aplicadas em 96% dos casos. Nestes, 55% foram classificados como LLA de células B precursoras (LLA-Bp) que compreendem LLA-pro-B e LLA-comum, 15% LLA-T, e 1,6% LLA-B. A proporção de LLA-Bp e LLA-T difere entre si quanto à raça, com 59% das LLA-Bp em crianças brancas, enquanto 60,7% LLA-T em crianças não-brancas. No entanto, as análises proporcionais de brancos versus não brancos para cada subtipo, quando ajustadas por idade, são semelhantes em crianças maiores de 6 anos (60,3% LLA-Bp e 59,3% LLA-T), mas diferem substancialmente em crianças menores, com 63,6% de LLA-Bp e 37,3% de LLA-T em brancos (0,0001). Estes resultados são consistentes com excesso de LLA-Bp em crianças brancas mais jovens, embora a distribuição entre LLA-Bp e LLA-T em cada região seja semelhante sem significado estatístico. As taxas de incidências de LLA calculadas para cada região variaram de 2,2, 2,6 e 3,3/10(5) casos por ano para Bahia, Rio de Janeiro e Brasília, respectivamente. Para avaliar se o pico de incidência observado de LLA-Bp estaria relacionado com incidência de infeção viral, nós observamos que LLA-Bp apresentou uma curva ascedente de casos no verão e inverno, enquanto LLA-T apresentou pico de incidência no outono. Este estudo adiciona informações sobre epidemiologia de leucemias agudas no Brasil, no qual sugere que o subtipo LLA-comum poderia estar associado com tempo de exposição a infecção viral requerendo futuras análises específicas.

Keywords