Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR MIELOMA MÚLTIPLO E NEOPLASIAS MALIGNAS DE PLASMÓCITOS ENTRE 2012 E 2022 NO BRASIL

  • SB Nunes,
  • JS Cardoso,
  • GG Pelegrini,
  • VMP Costa,
  • GDS Barbosa,
  • GS Guerato,
  • YS Moura,
  • LHMSG Graciolli

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S535 – S536

Abstract

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Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos no território brasileiro. Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa acerca da mortalidade por mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócito no Brasil, no período de 2012 a 2022. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para o presente estudo foram analisadas as variáveis: ano de processamento, faixa etária, cor/raça e sexo. Resultados: Observou-se que ocorreram 34.595 óbitos por residência decorrentes de mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos em todo o país durante a série temporal de 2012 e 2022, tendo 2012 (2.403 ou 6,9%) e 2022 (3.679 ou 10,6%) sido os anos com mais e menos registros. No que tange à idade prevalente de falecimentos, a incidência se deu entre 60 e 69 anos, com o total de 10.134 (29,3%). Além disso, foi notado que a população masculina foi a que mais pereceu em decorrência da doença, com 17.861 (51,6%). Por fim, a taxa de óbitos segundo cor/raça foi a que mais variou, com 20.013 (57,8%), 2.958 (8,6%), 165 (0,5%), 10.173 (39,4%), 42 (0,1%) e 1.244 (3,6%) sendo brancos, pretos, amarelos, pardos, indígenas e ignorados, respectivamente. Discussão: Neste estudo foi possível identificar que a faixa etária mais afetada, de 60 a 69 anos, apontando que essas neoplasias têm mais incidência nas idades mais avançadas. Com relação à cor/raça, 57,8% dos óbitos ocorreram em indivíduos brancos, o que vai de encontro com as evidências sobre a prevalência maior nessa população. Houve também um aumento considerável no número de óbitos ao longo dos anos, com um pico em 2022. Esse dado sugere tanto a melhoria no rastreio desses tipos de câncer quanto o envelhecimento da população brasileira. A predominância de óbitos entre homens (51,6%) pode indicar uma maior susceptibilidade masculina a essas doenças, bem como diferenças de acesso e resposta ao tratamento. Conclusão: Portanto, é evidente a relevância da análise dos casos de mieloma múltiplo e sua influência no Brasil. É possível ver a prevalência aumentada em indivíduos de cor branca e para as idades de 60+, indicando a importância do rastreamento para um diagnóstico precoce, aumentando assim as taxas de sobrevida. Contudo, cada caso possui sua individualidade e deve ser levado em conta durante a escolha do tratamento, para que um desfecho positivo possa ser observado.