Revista Portuguesa de Cardiologia (Mar 2018)

Effect of beta-blocker dose on mortality after acute coronary syndrome

  • Sergio Raposeiras-Roubin,
  • Emad Abu-Assi,
  • Berenice Caneiro-Queija,
  • Rafael Cobas-Paz,
  • Lucía Rioboo-Lestón,
  • Cristina García Rodríguez,
  • Cruz Giraldez Lemos,
  • María Blanco Vidal,
  • Beatriz Ogando Guillán,
  • Isabel Pérez Martínez,
  • Emilio Paredes-Galán,
  • Víctor Jimenez-Díaz,
  • Jose Antonio Baz-Alonso,
  • Francisco Calvo-Iglesias,
  • Andrés Íñiguez-Romo

Journal volume & issue
Vol. 37, no. 3
pp. 239 – 245

Abstract

Read online

Introduction: Beta-blocker doses that have been shown to be effective in randomized clinical trials are not commonly used in daily clinical practice. The aim of this study was to analyze whether there is a prognostic benefit of high rather than low doses of beta-blockers after an acute coronary syndrome (ACS). Methods: In this retrospective cohort study, 2092 ACS patients discharged from hospital between June 2013 and January 2016 were classified according to the beta-blocker dose prescribed: high dose (≥50% of the target dose tested in clinical trials) and low dose (<50%). Two groups of 501 matched patients were obtained through propensity score matching according to treatment with high or low doses of beta-blockers. The prognostic impact (mortality) during follow-up of high vs. low dose was analyzed by Cox regression and represented by Kaplan-Meier curves. Results: Of the 2092 patients, 80.5% were discharged under beta-blockers, with lower mortality during follow-up (18.6±9.7 months). Of the 1685 patients discharged under beta-blockers, only 31.4% received high doses. There were no differences in mortality during follow-up between patients under high-dose vs. low-dose beta-blockers (HR 0.935, 95% CI 0.628-1.392, p=0.740), and the equivalence between the two doses remained after propensity score matching (HR 1.183, 95% CI 0.715-1.958, p=0.513). Conclusion: No prognostic benefit was found in terms of mortality for high-dose vs. low-dose beta-blockers after an ACS. Resumo: Introdução: A dose de betabloqueador que demonstrou ser efetiva em ensaios clínicos aleatorizados não é a comummente usada na prática clínica diária. O objetivo deste estudo foi analisar se existe um benefício prognóstico da dose alta versus baixa dose de betabloqueador após uma síndrome coronária aguda (SCA). Métodos: Estudo de coorte retrospetivo, envolveu 2092 doentes com alta após SCA, entre junho de 2013 e janeiro de 2016. Os doentes foram classificados de acordo com a dose de betabloqueador prescrita: alta (≥50% da dose-alvo testada em ensaios clínicos) e baixa (<50%). Foram obtidos dois grupos de 501 doentes emparelhados, por meio de propensity score matching, de acordo com terem sido tratados com alta ou baixa dose de betabloqueadores. O impacto prognóstico (mortalidade) durante o seguimento da dose elevada versus baixa foi analisado pela regressão de Cox e representado pelas curvas de Kaplan-Meier. Resultados: Dos 2092 doentes, 80,5% tiveram alta com betabloqueadores, com uma menor mortalidade durante o seguimento (18,6±9,7 meses). Dos 1685 doentes com betabloqueadores na alta, apenas 31,4% receberam altas doses de betabloqueadores. Não houve diferenças na taxa de mortalidade durante o seguimento entre os doentes com doses altas versus doses baixas de betabloqueadores (HR 0,935, IC 95% 0,628-1,392, p=0,740), manteve-se a equidade entre as duas doses após o propensity score matching (HR 1,183, IC 95% 0,715-1,958, p=0,513). Conclusão: Não foi encontrado qualquer benefício prognóstico em termos de mortalidade entre doses elevadas e doses baixas de betabloqueadores após uma SCA. Keywords: Beta-blocker, Dose, Acute coronary syndrome, Mortality, Palavras-chave: Betabloqueador, Dose, Síndrome coronária aguda, Mortalidade