Palíndromo (Sep 2013)

A MEMÓRIA DO CARTÃO E A POTÊNCIA DA TAPEÇARIA

  • Elke Hulse

DOI
https://doi.org/10.5965/2175234605092013247
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 9

Abstract

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RESUMO Nesse encontro pretende-se apresentar algumas dúvidas que ficaram ao final da dissertação “As Tramas dos Tapeceiros Narradores: Técnica e Criação” e alguns tópicos assinalados pela orientação naquela ocasião. Nos últimos quatro anos, relendo e ampliando o repertório bibliográfico, surgiram novos enfoques para discutir essas interrogações e principalmente nortear uma possível continuação da pesquisa. Esta tem por objetivo analisar um conjunto de imagens de tapeçarias de diferentes períodos da história juntamente, quando possível, com as pinturas ou desenhos e os cartões que lhe deram origem. Implica ainda em perceber essa sequência de atividades e assim poder avaliar se o cartão carrega consigo a memória da pintura, e por outro lado se a tapeçaria tem sua própria potência para que esta obra se torne o acontecimento. Inicialmente o conjunto de imagens que servirão como referência para analisar as demais tapeçarias contemporâneas é uma série produzida entre 1370/80 denominada O Apocalypse. A outra série de tapeçarias, produzida a partir de desenhos do artista francês Jean Lurçat, em meados do século XX, denominadas Le Chant Du Monde também será um importante referencial. No Brasil a pesquisa buscará as tapeçarias feitas a partir de pinturas do paisagista Roberto Burle Marx. Os tapeceiros contemporâneos Archie Brennan, Sarah Swett e Jean Pierre Larochette foram escolhidos pela relevância de seu trabalho, diferentes formações e processos de produção. Como se relacionam com os eventos de arte contemporânea e quais as preocupações com a produção da tapeçaria na contemporaneidade. Palavras Chave Tapeçaria, imagem, cartão, potência/acontecimento. Abstract In this paper is intended to show some doubts that remained in the end of the dissertation “As Tramas dos Tapeceiros Narradores: Técnica e Criação” and some topics signed by counseling at the time. In the last four years, reading and amplifying my bibliographical repertory, new approaches appeared to discuss these questions and mostly to map a possible research construction. This study aims to analyze a set of tapestries’ images from different periods of history altogether, along to paintings or drawings and the cards that originated them. It implicates still perceiving this sequence of activities and thus be able to analyze if the card brings the painting’s memory, and on the other hand if tapestry has its own potential so this work can become the happening. Initially the set of images that will serve as reference to analyze the other contemporary tapestries is a series produced between 1370/80 named “The Apocalypse”. The other series of tapestries, produced from drawings of the French artist Jean Lurçat, in the mid-twentieth century, named Le Chant Du Monde will also be an important referential. In Brazil the study will serch the tapestries made from the landscaper paintings’ Roberto Burle Marx. The contemporary tapestry weavers Archie Brennan, Sarah Swett and Jean Pierre Larochette were chose by the relevance of their works, different backgrounds and production processes. The way they relate to contemporary art events and which are the worries towards the tapestry’s production in the contemporary. Key words Tapestry, image, card, potential/ happening.