Ciência Animal Brasileira (Mar 2022)

Fechamento de defeitos em padrão de figura geométrica associado ao emprego de anestesia por tumescência com lidocaína em coelhos (Oryctolagus cuniculus)

  • Eduardo Luís Serafim ,
  • Josiane Morais Pazzini ,
  • Michelle do Carmo Pereira Rocha,
  • Laís Calazans Menescal Linhares,
  • Andrigo Barboza de Nardi,
  • Maria de Fátima Moutinho Gartner ,
  • Irina Amorim ,
  • Alexandra Rema,
  • Fátima Faria,
  • Ricardo Andres Ramirez Uscategui,
  • Vivian Tavares de Almeida,
  • Carlos Alfredo Calpaa,
  • Sabrina Gouveia Calazans

Journal volume & issue
Vol. 23

Abstract

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O uso da anestesia por tumescência com lidocaína pode proporcionar melhor analgesia transoperatória e pós-operatória, o que seria um benefício em cirurgias reconstrutivas extensas. Entretanto, a lidocaína pode interferir na cicatrização. Diante disso, delineou-se um estudo a fim de avaliar a interferência local da cicatrização de defeitos cutâneos induzidos e fechados em padrão de figura geométrica, associado ao emprego de anestesia por tumescência com lidocaína em coelhos. Ademais, avaliar sua influência em parâmetros cardiorrespiratórios e na analgesia pós-operatória. Foi realizado um estudo com 27 coelhos, separados em três grupos, compreendidos em GC (sem o emprego de tumescência), GS (emprego de tumescência com solução NaCl 0.9%) e GL (emprego de anestesia por tumescência com lidocaína). Não houve diferença estatística em nenhuma etapa do processo cicatricial da ferida entre os grupos, tampouco nas avaliações macroscópicas, e no processo de angiogênese, ou ainda no processo de colagenização e deposição de fibroblastos. Houve diferença significativa na frequência cardíaca (menor no GL) e na respiratória (maior no GC), na pressão arterial média (maior no GL) e na concentração expirada de isoflurano (menor no GL). Não houve diferença significativa entre os grupos no teste de filamentos de von Frey e na Escala Visual Analógica, utilizados para avaliar a analgesia pós-operatória. Conclui-se que anestesia por tumescência com lidocaína não prejudica a regeneração tecidual após a cirurgia. O seu uso oferece benefícios como a diminuição do volume de anestésico inalatório, manutenção do plano anestésico, estabilidade das frequências cardíaca e respiratória, além de menor hipotensão durante o procedimento cirúrgico. Palavras-chave: Anestésico local; Cirurgia reconstrutiva; Dor; Reparação tecidual