Texto Poético (Nov 2013)

Um corpo sem fim: A obra de Walt Whitman como corpo limitado, corpo em expansão, corpo fragmentário

  • Otávio Guimarães TAVARES

DOI
https://doi.org/10.25094/rtp.2011n10a54
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 10

Abstract

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Este artigo tem como objetivo analisar a obra de Walt Whitman, considerando-a como instauradora da modernidade poética norte-americana, uma modernidade poética que caminha de forma diversa àquela instaurada na França por Charles Baudelaire. Para tal, lançamos mão de Gilles Deleuze (1997) que opõe a escrita fragmentária à escrita como totalidade; e também de Maurice Merleau-Ponty (1999), a fim de pensar a obra de Whitman como um poema-corpo, um corpo em expansão ilimitada que tenta abarcar e tornar parte do seu ser-no-mundo todos os fragmentos possíveis sem, no entanto, efetuar uma síntese totalizante, permanecendo assim uma obra sempre em ato de expansão.