Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Nov 2024)

Análise de erros de prescrição em uma maternidade pública de ensino em Salvador – Bahia

  • Geisa de Queiroz Almeida,
  • Taiane Candeias da Silva,
  • Jane Meire Magalhães Carneiro,
  • Gleidson Cardoso Spínola,
  • Núbia de Araújo Paiva

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2017.v2.s1.p.10
Journal volume & issue
Vol. 2, no. s.1

Abstract

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Introdução: A prescrição é o ponto de partida para a utilização de medicamentos dentro de uma unidade hospitalar, sendo vista como um instrumento de comunicação entre os profissionais de saúde. Portanto, deve seguir normas legais a fim de garantir uma prescrição segura e eficiente. O erro de medicação é definido como qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso inadequado de medicamento, podendo ou não provocar danos, sendo o erro de prescrição um tipo frequente dentro da assistência à saúde. A avaliação previa da prescrição pelo profissional farmacêutico é um mecanismo importante para identificação destes erros e pelo qual se inicia o processo de intervenção junto à equipe multiprofissional, buscando minimizar danos ao paciente. Objetivo: Identificar os tipos de erros de prescrição em uma maternidade de ensino. Método: Estudo de corte transversal realizado entre março e dezembro de 2016, na farmácia de dispensação, responsável pelo atendimento das prescrições do Alojamento Conjunto e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Os dados foram coletados através da avaliação farmacêutica das prescrições diárias e registrados em planilha especifica. Os tipos de erros de prescrição analisados foram: apresentação/dose, posologia, indicação, via de administração, ilegibilidade/rasura, abreviatura contraindicada e ausência de motivo para uso de medicamentos não sistemáticos (se necessário), Tais erros foram extraídos de Boletim do Instituto para Práticas Segura no Uso de Medicamentos (ISMP). A taxa de erro de prescrição foi calculada através do número de erros sobre número total de prescrições avaliadas. Resultados: Das 22790 prescrições atendidas 19286 (85%) foram analisadas pelo farmacêutico e destas 3217 apresentaram erros. O número total de erros foi de 3501, sendo 2284 (12%) de apresentação/dose, 216 (1,1%) de posologia, 10 (0,05) de indicação, 83 (0,4%) de via de administração, 1005 (5%) de ilegibilidade/rasura, 40 (0,2%) de abreviatura contraindicada e 463 (2,4%) de ausência de motivo para uso de medicamentos não sistemáticos. Discussão e Conclusão: Os erros de prescrição são frequentes em unidades hospitalares, alguns são mais comuns quando a prescrição é manual como, por exemplo, ilegibilidade ou rasura. Portanto a avaliação farmacêutica é uma atividade de suma importância para a redução de danos aos pacientes advindos dos erros de prescrição. Além disso, ações educativas, avaliação e monitoramento permanente dos processos clínicos são essenciais.