Revista de Geografia (Recife) (Jan 2024)

A paisagem dos museus de imigrantes holandeses a partir de um sistema de criação de signos

  • Ana Cristina Costa Siqueira,
  • Bruna Iara Lorian Chagas,
  • Brendo Francis Carvalho,
  • Almir Nabozny

DOI
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2023.259384
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 3

Abstract

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Os museus de imigrantes holandeses são locais de compartilhamento das trajetórias e memórias por meio das paisagens construídas. As estruturas de ordem simbólica se destacam enquanto campo de importância para estudo na Nova Geografia Cultural em razão de estarem repletas de símbolos e significados que se conectam com um imaginário materializado nessas paisagens museológicas. A partir disso, o estudo objetiva analisar a paisagem cultural presente nos museus da imigração holandesa enquanto um sistema de significados que permite que seja interpretada e lida enquanto texto. A operacionalização do trabalho consistiu no acesso a documentos dos museus Parque Histórico de Carambeí e do Centro Cultural de Castrolanda, do primeiro se analisou o Manual do Monitor, o Catálogo Institucional e a Cartilha Pedagógica, já do segundo foi estudado a Cartilha Institucional. Para as interpretações das paisagens foi utilizado o sistema de criação de signos debatidos por Duncan (2004) e também o proposto por Gomes (2013) sobre o ponto de vista, composição e exposição contidas em registros fotográficos. As interpretações foram guiadas pelos símbolos de representação respectivos aos conceitos formadores das colônias de imigrantes holandeses, sendo eles o ‘trabalho’, a ‘educação’, o ‘cooperativismo’ e a ‘religião’. Portanto, a análise destes símbolos oportuniza a compreensão dos significados que permeiam essas paisagens e sua constante reprodução, valorizando e exaltando a cultura e os costumes dos pioneiros holandeses, fazendo dessa narrativa histórica uma forma potencial de consumo turístico.

Keywords