Onco.News (Sep 2010)

Factores preditivos da mucosite oral induzida por quimioterapia no cancro colorrectal: papel dos polimorfismos nos genes que medeiam a resposta inflamatória

  • Catarina Rodrigues,
  • Carina Pereira,
  • Rui Medeiros,
  • Mário Dinis-Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.31877/on.2010.14.02
Journal volume & issue
no. 14

Abstract

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A partir de uma série consecutiva de doentes oncológicos com cancro colorrectal submetidos a quimioterapia (n=108), foi realizado um estudo de caso-controlo de forma a determinar o papel dos polimorfismos genéticos nos genes que medeiam a resposta inflamatória no processo de evolução da mucosite oral. Foram ainda incluídas outras variáveis para estudo, capazes de influenciar o risco individual para desenvolver este efeito secundário. Contudo, não foram identificadas quaisquer divergências entre géneros, idade média dos participantes, índice de massa corporal, diabetes mellitus, prótese dentária, hábitos tabágicos e alcoólicos e alterações hematológicas nos grupos caso e controlo. A mucosite oral prévia foi identificada numa grande proporção de casos (35%) (vs 0% no grupo controlo, p≤0.001). Os portadores do alelo A na posição -308G>A no gene TNF-α (genótipos GA e AA) possuem um risco diminuído para desenvolver a mucosite oral (OR=0.266; 95%IC: 0.073-0.964) após os tratamentos de quimioterapia específicos para cancro colorrectal. Para que se possam estabelecer medidas profiláticas e realizar diagnósticos precoces da mucosite oral em indivíduos com cancro colorrectal submetidos a quimioterapia serão necessários estudos ulteriores que incluam os factores preditivos identificados.

Keywords