Semina: Ciências Agrárias (May 2018)
Enzimas fibrolíticas, amilolíticas e proteolíticas influenciam as características de fermentação in vitro de forragem?
Abstract
Avaliou-se os efeitos de doses crescentes de três enzimas exógenas: fibrolíticas (FIB), 0; 0,6; 1,2; 1,8 e 2,4 mg mL-1 volume de líquido incubado; amilolíticas (AMZ), 0; 0,05; 0,10; 0,15 e 0,20 mg mL-1 volume de líquido incubado, proteolíticas (PRO), 0; 0,05; 0,10; 0,15 e 0,20 mg mL-1 volume de líquido incubado, sobre a produção de gases (PG), parâmetros cinéticos e perfil da fermentação da Brachiaria brizantha cv. Marandu usando a técnica in vitro de produção de gases. O líquido ruminal foi obtido de dois ovinos Santa Inês canulados no rúmen, mantidos em regime de pastejo. A produção de gases acumulada foi obtida durante 96h00 de incubação, mensurada em 18 tempos. Ao final da incubação foram determinados o pH, produção de gás assintótica (mL g-1), taxa de degradação fracional (h-1), lag time (h), digestibilidade da matéria orgânica (DMO, g/g MS incubada por 24h00), energia metabolizável (EM, MJ kg-1 MS) e a digestibilidade da fibra insolúvel em detergente neutro (DFDN, mg g-1 MS). As doses de FIB aumentaram linearmente (P 0,05) a produção de gás assintótica, mas promoveu efeito quadrático (P < 0,05) na taxa de degradação fracional, lag time, e PG nos tempos 6 e 12. No entanto, PRO não afetou DMO, DFDN e EM. As enzimas fibrolíticas, amilolíticas e proteolíticas são efetivas em reduzir o lag time e aumentar a produção de gases in vitro da Brachiaria Brizantha cv. Marandu, e as enzimas fibrolíticas melhoram o perfil da fermentação in vitro.