DST (Oct 2010)
Comportamento de risco para HIV e DST entre professores universitários
Abstract
Introdução: há aumento da infecção pelo HIV entre casais heterossexuais, mesmo em relações estáveis e fiéis. Objetivo: avaliar o comportamento sexual e de risco para doenças sexualmente transmissíveis (DST) e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) entre professores universitários. Métodos: estudo transversal. Foram incluídos professores universitários da área da saúde de universidade do Sul do Brasil. Foi utilizado questionário autoaplicável e anônimo, com dados sociodemográficos, comportamentais e sexuais para infecção pelo HIV e DST, além de fatores de risco para doenças por via venosa. A análise estatística foi realizada com o uso do SPSS, versão 16.0. Resultados: foram estudados 184 docentes, sendo 55,4% mulheres. A média de idade foi de 40,5 (DP ± 9,1) anos. Prática de sexo anal, maior número de parceiros, maior frequência de relações sexuais e infidelidade foram associados ao gênero masculino. Dos entrevistados, 31% se declararam infiéis; nas relações conjugais, apenas 19,8% utilizavam preservativo, e nas extraconjugais, 39,3%. O uso de preservativo esteve associado à infidelidade. Entre outros fatores de risco, 39,1% compartilham objetos de higiene e uso pessoal, 3,8% submeteram-se a transfusão de sangue, 11,4% tinham tatuagem ou piercing e 31% sofreram acidente com material perfurocortante. Conclusão: a amostra estudada apresenta risco similar ao da população geral de contrair HIV e outras DST, por apresentar os fatores de risco: pouca adesão ao uso de preservativo, alta prevalência de relações extraconjugais, uso de álcool antes das relações, prática de sexo anal, múltiplos parceiros durante a vida e ainda a ocorrência de acidentes perfurocortantes, devido à vulnerabilidade da profissão.