Brazilian Journal of Psychiatry (Jun 2010)

Food intake and serum levels of iron in children and adolescents with attention-deficit/hyperactivity disorder Ingestão alimentar e níveis séricos de ferro em crianças e adolescentes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade

  • Márcia Menegassi,
  • Elza Daniel de Mello,
  • Lísia Rejane Guimarães,
  • Breno Córdova Matte,
  • Fernanda Driemeier,
  • Gabriela Lima Pedroso,
  • Luis Augusto Rohde,
  • Marcelo Schmitz

Journal volume & issue
Vol. 32, no. 2
pp. 132 – 138

Abstract

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Objective: To investigate hematologic variables related to iron deficiency and food intake in attention-deficit/hyperactivity disorder. Method: The sample comprised 62 children and adolescents (6-15 years old) divided into three groups: Group 1: 19 (30.6%) patients with attention-deficit/hyperactivity disorder using methylphenidate for 3 months; Group 2: 22 (35.5%) patients with attention-deficit/hyperactivity disorder who were methylphenidate naïve and Group 3: 21 (33.9%) patients without attention-deficit/hyperactivity disorder. Serum iron, ferritin, transferrin, hemoglobin, mean corpuscular volume, red cell distribution width, mean corpuscular hemoglobin concentration, nutritional diagnostic parameters - Body Mass Index Coefficient, food surveys were evaluated among the groups. Results: The attention-deficit/hyperactivity disorder group drug naïve for methylphenidate presented the highest red cell distribution width among the three groups (p = 0.03). For all other hematologic and food survey variables, no significant differences were found among the groups. No significant correlation between dimensional measures of attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms and ferritin levels was found in any of the three groups. Conclusion: Peripheral markers of iron status and food intake of iron do not seem to be modified in children with attention-deficit/hyperactivity disorder, but further studies assessing brain iron levels are needed to fully understand the role of iron in attention-deficit/hyperactivity disorder pathophysiology.Objetivo: Investigar as variáveis hematológicas relacionadas à deficiência de ferro e à ingestão alimentar no transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Método: Sessenta e duas crianças e adolescentes (6-15 anos) divididos em três grupos: Grupo 1: 19 (30,6%) pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade com uso de metilfenidato durante três meses; Grupo 2: 22 (35,5%) pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade sem uso de medicamento; e Grupo 3: 21 (33,9%) pacientes sem transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Ferro sérico, ferritina, transferrina, hemoglobina, volume corpuscular médio, amplitude de distribuição dos eritrócitos, concentração da hemoglobina corpuscular média, parâmetros de diagnóstico nutricional - Coeficiente de Índice de Massa Corporal, inquérito alimentar e a correlação entre os sintomas do transtorno e os níveis de ferritina foram avaliados. Resultados: O grupo com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade não medicado com metilfenidato apresentou maior amplitude de distribuição dos eritrócitos dentre os três grupos (p = 0,03). Nas outras variáveis hematológicas e inquéritos alimentares não encontramos diferença significativa entre os grupos. Não observamos correlação entre os sintomas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e ferritina. Conclusão: Marcadores periféricos do estado nutricional de ferro e a ingestão alimentar de ferro não parecem estar modificados em crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, mas mais estudos avaliando os níveis de ferro no cérebro são necessários para compreensão plena do papel do ferro na fisiopatologia do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.

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