Lingüística (Jun 2019)

CONSOANTE NASAL POS-VOCÁLICA NO LATUNDÊ E NO PORTUGUÊS DO BRASIL

  • Stella Telles

DOI
https://doi.org/10.5935/2079-312X.20190009
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 1
pp. 167 – 177

Abstract

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Este trabalho trata do comportamento da consoante nasal pós-vocálica na língua indígena Latundê e no Português do Brasil, a partir de estudos disponíveis. Nas duas línguas, a consoante nasal em coda não tem ponto de articulação definido. Em Latundê, na posição do acento, a consoante nasal apresenta comportamento distinto a depender do status oral ou nasal da vogal precedente. Quando a coda nasal segue vogal nasal, a sua realização é nasal, mas quando segue vogal oral, observam-se realizações alofônicas que decorrem da blindagem da vogal oral, a fim de favorecer a preservação do contraste vocálico nasal/oral existente na língua. Na língua portuguesa, por sua vez, a existência de uma consoante pós-vocálica nasal, numa estrutura bifonêmica, deriva a nasalidade contrastiva superficial nas vogais e confirma a subjacência de uma consoante nasal na coda.

Keywords