Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Feb 2023)

Antibioticoprofilaxia em sítio cirúrgico em um ambiente hospitalar

  • Rony Jeijo Amaro de Lima,
  • Marilma Galvão dos Santos Gomes,
  • Elayne Flávia Pereira Castro,
  • Tiago César Monteiro Ferreira,
  • Rebeca Manuelle Alexandre da Costa Silva,
  • Aracélia Gurgel Rodrigues,
  • Sebastião Monteiro da Silva Neto,
  • Kalina Regis de Sousa Lins

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.28
Journal volume & issue
Vol. 4, no. s.1

Abstract

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Introdução: A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) ocupa a terceira posição nas infecções relacionadas aos serviços de saúde, sendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados e é uma das mais importantes complicações do ato cirúrgico. Em 1999, o guia de prevenção de infecção do sítio cirúrgico (CDC) publicou os principais pontos de profilaxia. A antibioticoprofilaxia tem como finalidade a redução do risco e das ocorrências de infecções no ISC, sendo o início do antimicrobiano profilático até 60 minutos no máximo antes da incisão cirúrgica e em casos obstétricos pode ser administrado após o clampeamento do cordão. Objetivo: Evidenciar a importância da profilaxia antibiótica antes de procedimentos invasivos, bem como o uso racional de antimicrobiano em cirurgias. Método: Tratou-se de uma revisão de literatura realizada pelas bases de dados National Library of Medicine and National Institutes of Health (MEDLINE/PubMed), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os critérios de inclusão considerados foram publicações de 2010 a 2018, excluindo-se textos incompletos, não científicos e sem disponibilidade na sua íntegra on-line. Resultados: A prevenção de uma infecção pode ser feita através de uma dose única de antibiótico com curta duração (24h) ou se prolongar até 48 horas. As cefalosporinas de primeira e segunda geração são geralmente as drogas de escolha, possuindo uma duração de ação desejável, espectro de atividade contra organismos comumente encontrados em cirurgia, segurança razoável e baixo custo. Conclusão: É importante que o uso de antimicrobianos não seja a principal medida para a prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Diagnosticar e tratar infecções antes da cirurgia, corrigir ou compensar doenças de base, fazer um bom preparo pré-operatório, antissepsia de pele e utilizar uma técnica cirúrgica adequada são medidas fundamentais. O antibiótico deve ser selecionado observando aspectos como espectro de ação, toxicidade, farmacocinética, custo e fatores relacionados às especificidades das cirurgias. A profilaxia cirúrgica é necessária pois pode reduzir eventos adversos e infecções relacionadas a procedimentos cirúrgicos contribuindo para a segurança do paciente.