Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Sep 2015)

Bases para um Novo Sanitarismo

  • Gustavo Diniz Ferreira Gusso,
  • Daniel Knupp,
  • Thiago Gomes da Trindade,
  • Nulvio Lermen Junior,
  • Paulo Poli Neto

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc10(36)1056
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 36

Abstract

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As reformas dos sistemas de saúde dos países da Europa Ocidental e Canadá na segunda metade do século XX inspiraram o movimento conhecido como Reforma Sanitária no Brasil. Esses países implementaram sistemas de saúde socializados integrando financiamento público e serviços privados, alguns originados da universalização do seguro-saúde (bismarckiano) outros da arrecadação geral de impostos (beveridgeano). Nesse processo, um dos fatores que mais evoluiu foi a contratualização, que permite a identificação de fraudes e promove a saúde no nível individual e coletivo em vez do uso indiscriminado dos serviços. No Brasil, a Constituição de 1988 lança as bases para um sistema universal de saúde financiado por impostos gerais que permite a ampliação de serviços privados sem regulação estatal, mas cofinanciados pelo Estado por meio da isenção fiscal e subsídios para servidores públicos. Nesse cenário, cresce a dicotomia, e a sobreposição entre serviços estatais e privados é agudizada.

Keywords