Revista Conjuntura Austral (May 2024)
A entrada do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU
Abstract
Recentemente, o Brasil – juntamente com a Índia, o Japão e a Alemanha – voltaram a reivindicar assentos como membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU. Para os quatro países é urgente reformar o Conselho de Segurança, ampliando-o, a fim de torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz. O objetivo do presente artigo foi modelar a reivindicação feita pelo G-4 utilizando o ferramental analítico da teoria dos jogos. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica sobre a reforma da ONU e proposta do G4, seguida da modelagem da situação a partir do jogo de dois níveis (Putnam) e a modelagem de um jogo, dentro de parâmetros preestabelecidos. Nossa pergunta de pesquisa é: caso o pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU seja votado, que resultado se poderia esperar? Considerando as premissas apresentadas, o que se pôde constatar foi que, racionalmente, os países que já detém o poder tentarão sempre manter o status quo quando este os favorecer. Logo, o resultado a que se chegou foi que, caso a reivindicação brasileira (juntamente com a dos demais membros do G4) por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU seja votada, muito provavelmente será rechaçada.