Gazeta Médica (May 2018)

Psicopatologia na Infância: Levantamento Epidemiológico

  • Maria Moura,
  • Andreia Araújo,
  • Ana Sofia Oliveira,
  • João Paulo Ribeiro,
  • Catarina Rosa

DOI
https://doi.org/10.29315/gm.v5i1.135
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 1

Abstract

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INTRODUÇÃO: As perturbações psiquiátricas da infância podem persistir durante a adolescência e vida adulta, vindo a ter um impacto negativo e que pode afetar o desenvolvimento e a autonomia do futuro adulto. O presente estudo epidemiológico surgiu da necessidade de conhecer a probabilidade de psicopatologia na infância, na população do primeiro ciclo do concelho de Vila Franca de Xira. Um dos objetivos é permitir, de forma sustentada, aferir as necessidades reais, do ponto de vista da Saúde Mental, da população infantil deste concelho. MATERIAL E MÉTODOS: Participaram neste estudo encarregados de educação e professores de 3063 crianças das escolas do primeiro ciclo do concelho, através do preenchimento do Strengths and Difficulties Questionnaire - SDQ. O tratamento estatístico dos dados foi realizado através do software IBM® SPSS® (IBM - Statistical Package for the Social Sciences, versão 21). RESULTADOS: A taxa de resposta aos questionários distribuídos foi de 82,27% nos encarregados de educação e 86,15% nos professores. A probabilidade de existência de psicopatologia nos questionários preenchidos pelos encarregados de educação e pelos professores foi semelhante (respetivamente 14,2% e 13,68%). Não se encontraram diferenças significativas entre a probabilidade de psicopatologia entre géneros. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os dados reportam uma probabilidade de psicopatologia que vai ao encontro da prevalência mundial de 12,36%, nas idades abrangidas por este estudo. Este tipo de levantamento epidemiológico é essencial no alerta para políticas de promoção da saúde que assegurem as necessidades na área da saúde mental infantil. Destaca a necessidade de prevenção e intervenção atempada nesta área.

Keywords