Semina: Ciências Agrárias (Aug 2018)

Comportamento ingestivo e termorregulação em ovinos alimentados com silagem de palma forrageira submetidos a oferta intermitente de água

  • Ismael de Sousa Nobre,
  • Gherman Garcia Leal de Araújo,
  • Edson Mauro Santos,
  • Gleidson Giordano Pinto de Carvalho,
  • Bonifácio Benicio de Souza,
  • Ossival Lolato Ribeiro,
  • Silvia Helena Nogueira Turco,
  • Anderson Barbosa Cavalcante,
  • Italo Reneu Rosas de Albuquerque

Journal volume & issue
Vol. 39, no. 4

Abstract

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Objetivou-se avaliar o efeito da utilização de silagem de palma forrageira na dieta de ovinos submetidos a oferta intermitente de água sobre o comportamento ingestivo e a termorregulação de ovinos. Foram utilizados 36 ovinos machos não castrados sem padrão racial, com peso médio inicial de 19,8 + 2,1 kg e idade aproximada de seis meses, distribuídos em delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 3, composto por três proporções de silagem de palma na dieta (0; 21 e 42 %) e três períodos de oferta de água (0; 24 e 48 horas), com quatro repetições. Para o comportamento ingestivo foram realizadas observações a cada 5 minutos durante 2 períodos de 24 horas. As respostas termorregulatórias foram tomadas nos horários das 7 e 15 horas, em dias diferentes daqueles destinados ao comportamento. Observou-se que a oferta intermitente de água não afetou nenhuma das variáveis estudadas (P > 0,05). A utilização de silagem de palma influenciou significativamente o comportamento ingestivo dos animais (P < 0,05). Ovinos alimentados com silagem de palma forrageira na dieta apresentaram eficiência de alimentação média de 255,77 gMS h-1 e de ruminação de 102,16 gMS h-1, enquanto que aqueles que não recebiam esse alimento, apresentaram valores dessas variáveis de 198,63 e 78,45 gMS h-1, respectivamente. A frequência urinária dos animais se elevou conforme a proporção de silagem de palma na dieta, sendo observadas 23,60 micções dia-1 em animais que recebiam 42% e 10,83 micções dia-1 naqueles que não recebiam silagem de palma. A procura por água, entretanto, diminuiu. Foram observadas médias de 2,73 e 0,54 (nº dia-1) para animais alimentados com 0 e 42% de silagem de palma, respectivamente. A utilização da silagem de palma também elevou as respostas termorregulatórias dos ovinos. Ovinos alimentados com silagem de palma apresentaram média de frequência respiratória de 103,35 e cardíaca de 140,08 movimentos minuto-1 no período mais quente do dia (tarde). Concluiu-se que a silagem de palma na dieta aumenta as eficiências de alimentação e ruminação, além de diminuir a procura por água em ovinos em confinamento. No entanto, também eleva suas respostas termorregulatórias. A oferta intermitente de água em até 48 horas não influencia o comportamento ingestivo e a termorregulação de ovinos em confinamento.

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