Teocomunicação (Jan 2018)
Medellín e o imperativo da Nova Evangelização = Medellín and the Imperative of the New Evangelization
Abstract
Com este artigo, desejamos recuperar a origem e o sentido originário da expressão “nova evangelização”, gestada no contexto da Igreja Católica na América Latina, sob o espírito de renovação do Concílio Ecumênico Vaticano II, na Conferência de Medellín em 1968. Não é raro atribuir a João Paulo II a sua paternidade, visto que inúmeras vezes o pontífice fez uso da expressão. Mas, não significa que ele tenha captado e reconhecido sua verdadeira face. Seu projeto, em grande medida, parece que esteve distante do espírito do Vaticano II e da tradição libertadora latino-americana. Evidente que o conceito “nova evangelização”, plasmado em Medellín, tem conotação específica. Entretanto, parece que determinados processos de evangelização levados a cabo pela própria Igreja Católica, sobretudo a partir dos anos 1990, esteve distante do seu sentido originário. Nem toda denominada “nova evangelização” é realmente nova, tanto fora como aqui em nosso Continente. Entretanto, ainda que “brasa sob cinzas”, a nova evangelização, preconizada por Medellín, existe e resiste contra toda esperança. Por isso, o imperativo por uma “conversão pastoral”, da Conferência de Aparecida, parece ser o melhor caminho para se pensar na vigência da “nova evangelização” em tempos pós-modernos