Revista Brasileira de Enfermagem (Feb 2015)

Prevalência de não adesão à farmacoterapia anti-hipertensiva e fatores associados

  • Mayckel da Silva Barreto,
  • Isabela Zara Cremonese,
  • Vanderly Janeiro,
  • Laura Misue Matsuda,
  • Sonia Silva Marcon

DOI
https://doi.org/10.1590/0034-7167.2015680109p
Journal volume & issue
Vol. 68, no. 1
pp. 60 – 67

Abstract

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Objetivo: verificar a prevalência da não adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo e sua associação com fatores biosócio-econômicos e assistenciais. Método: pesquisa descritiva de corte transversal, realizada com 422 indivíduos hipertensos. As informações foram coletadas, por meio de entrevistas domiciliares realizadas entre dezembro de 2011 e março de 2012. Resultados: os resultados demonstraram que os entrevistados eram, em sua maioria, do sexo feminino, casados, idosos, com baixa renda familiar e pouco tempo de diagnóstico. Foram considerados não aderentes ao tratamento medicamentoso 42.65% dos participantes. Os hipertensos não brancos, com menos de oito anos de estudo, que não frequentavam as consultas médicas; utilizavam mais de duas medicações anti-hipertensivas e que não possuíam plano de saúde apresentaram maiores chances de não aderirem à farmacoterapia. Conclusão: esses achados reforçam que hipertensos com características socioeconômicas desfavoráveis e dificuldade de acesso ao serviço necessitam de intervenções diferenciadas, a fim de estimulá-los a aderirem ao tratamento medicamentoso.

Keywords