Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

OFICINA “QUALIFICAÇÃO DO ATO TRANSFUSIONAL” NO ESTADO DO PARANÁ

  • LK Rocha,
  • RA Oliveira,
  • RC Moreira,
  • VWM Moreira,
  • LAL Souza,
  • MR Souza,
  • CA Omotto

Journal volume & issue
Vol. 45
pp. S889 – S890

Abstract

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Objetivo: Avaliar o impacto na formação de novos facilitadores para manutenção da oficina “Qualificação do Ato Transfusional”, no estado do Paraná. Justificativa: O procedimento transfusional de qualidade deve ser realizado de forma segura por profissionais capacitados, diminuindo a possibilidade de erros e eventos adversos no ciclo do sangue. A Hemorrede do estado do Paraná vem replicando desde 2014, ano em que o Ministério da Saúde apresentou o Projeto “Qualificação do Ato Transfusional”, oficinas, com o intuito de capacitar os profissionais que atuam nesta hemorrede, hospitais e Vigilância Sanitária. O foco da oficina é realizar treinamento da equipe multidisciplinar envolvida no ciclo do sangue, desde a captação de candidatos, à doação de sangue total/aférese, até as possíveis reações transfusionais tardias e suas notificações. Usando a metodologia de problematização conforme proposta original do Ministério da Saúde, os alunos são incentivados a pensar e resolver questões a partir da sua realidade. Somados aos casos já existentes, novas situações são apresentadas. Métodos e resultados: O levantamento das informações ocorreu através da aplicação de um questionário com oito questões objetivas que avaliou 10% dos participantes entre os anos de 2014 a 2022 (não houve treinamentos no período de pandemia). As respostas foram analisadas conforme exposição a seguir. Gráfico 1 mostra que a maioria dos profissionais que atuam na hemoterapia são da enfermagem. Foram 55,7%, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Da equipe avaliada, 54,1% (gráfico 2) não conheciam a oficina e 65,6% (gráfico 3) nunca tinham realizado um treinamento que abrangesse todo o ciclo do sangue. Conhecer todos os processos envolvidos na produção e uso do sangue desperta nos profissionais interesse e comprometimento, garantindo maior qualidade nos serviços. Um resultado inesperado e impactante foi o alto percentual de profissionais que não estavam familiarizados com o material de apoio utilizado na oficina, 52,5% (gráfico 4) dos profissionais não conheciam instrumentos imprescindíveis para prática hemoterápica. 100% dos profissionais que responderam o questionário relataram que a oficina gerou impacto (gráfico 5) em sua atuação profissional e destacaram a importância da replicação. Dos mesmos 96,7% consideraram adequada a metodologia utilizada e 63,9% atuariam como facilitadores. Conclusão: Uma equipe multiprofissional vem atuando na disseminação das oficinas na Hemorrede do estado do Paraná. Sendo realizadas até o momento 11 oficinas em nove cidades, com participação de 14 unidades, envolvendo profissionais que atuam nos serviços de hemoterapia, unidades hospitalares e Vigilância Sanitária. Totalizando aproximadamente 650 profissionais já treinados. Muitos serviços hospitalares desde então tem buscado qualidade no procedimento transfusional, realizando a oficina parcialmente em suas instituições. Atualmente, a equipe trabalha na revisão para atualização da apostila às novas exigências legais e inserindo novos estudos de casos. O foco ao finalizar este material é validar, e apresentar ao Ministério da Saúde.