Revista Águas Subterrâneas (Sep 2008)
ESTUDO QUALITATIVO DO SISTEMA AQÜÍFERO TACARATÚ/INAJÁ NA BACIA SEDIMENTAR DO JATOBÁ-PE
Abstract
Hidrogeoquimicamente, as águas estudadas na Bacia Sedimentar do Jatobá evidenciam que: i) classificam-se como cloretada sódica (38%) e cloretada mista (18%); ii) para irrigação são do tipo C1-S1, seguindo-se dos tipos C2-S1, C3-S1 e C3-S2; iii) as concentrações de STD classificam-nas, na maioria (≈72%), como águas doces (até 500 mg/L); iv) apenas 3,2% das águas são classificadas com Potabilidade Momentânea e que ≈88% são Permanente Boa a Passável, chegando-se a ≈95% com as Medíocres. Isotopicamente, as águas analisadas evidenciam que: i) são águas de chuvas sem posterior evaporação, evidenciado também pela relação δD=8xδ18O+8,4 quando comparada com a reta meteórica mundial (igual inclinação); ii) a recarga do sistema aqüífero é rápida, que nele se misturam paleoáguas com águas recentes e que o sistema não é homogêneo (demonstrado pelos diferentes processos de dissolução do aqüífero conduzindo a diferentes faixas de condutividade elétrica). O estudo de vulnerabilidade evidencia que: i) o sistema aqüífero Tacaratú/Inajá apresenta uma vulnerabilidade Alta a Extrema para as regiões de recarga e Baixa para as regiões de confinamento; ii) possui um potencial contaminante Moderado nas regiões urbanizadas a Desprezível nas demais; iii) O cruzamento desses elementos permitiu considerar a área como tendo um risco Desprezível a Moderado.