Reflexão & Ação (Jan 2008)
Análise coletiva da atividade de vigilância em saúde do trabalhador: a autoconfrontação cruzada como dispositivo de formação / Collective analysis of the surveillance activity in worker’s health: crossed self-confrontation as a device of formation
Abstract
A partir da pesquisa-intervenção com foco na atividade de Vigilância em Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde, identificamos uma importante interface entre seus achados e o campo da educação. A particular noção de atividade elaborada nos referenciais teórico-metodológicos que nortearam o estudo apresenta-se como ferramenta para acessar o que se considera como trabalho vivo. Os métodos utilizados – os Encontros sobre o Trabalho e aAutoconfrontação Cruzada – propiciaram um espaço para elaborar e formalizar a experiência de trabalho. Um importante efeito destes dispositivos foi o alargamento do poder de ação dos trabalhadores, apresentando-se como uma potente oportunidade para desencadear processos de emancipação no seio do coletivo profissional. O método da Autoconfrontação Cruzada vem particularmente se configurando como um dispositivo de formação. A possibilidade que ele oferece de transmitir, socializar e validar os conhecimentos advindos da experiência de trabalho, em um enquadre dialógico, acaba por enriquecer esta experiência levando ao desenvolvimento do sujeito e da própria atividade.Abstract Starting from the intervention -research with focus in the activity of Surveillance in the Worker’s Health in the Unique System of Health, we have identified an important interface among its findings and the education field. The specific notion of activity elaborated on the theoretical methodological referential that guided the study comes as a tool to access what is considered as alive work. The used methods - the Meetings about the Work and Crossed Self-confrontation - havepropitiated a space to elaborate and formalize the work experience. An important effect of these devices was the enlargement of the acting power of the workers, coming as a potent opportunity ofdevelopment of emancipation processes, in the heart of the professional collective. The method of Crossed Self-confrontation has been particularly configurating itself as a formation device. Thepossibility that it offers of transmitting, socializing and validating the knowledge coming from the work experience, in a dialogic frame, end up enriching this experience leading to the subject's development and the development of the activity itself.