Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)

AVALIAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES PÓS COVID 19 DURANTE A PRIMEIRA E SEGUNDA ONDA

  • Melissa Soares Medeiros,
  • Jullie Anne Melo Albuquerque,
  • Jade Rocha Melo,
  • Sofia Dantas Pinto Monteiro,
  • Erico Antonio Gomes de Arruda,
  • Tania Mara Silva Coelho,
  • Pablo Antero Gomes de Matos,
  • Sarah Linhares de Aragão Rodrigues,
  • Camila Dória Mota,
  • Amanda Pinheiro Ibiapina,
  • Italo Barbosa Macedo,
  • Ana Lisandra Lopes de Farias,
  • Matheus Rocha Diogenes Pessoa

Journal volume & issue
Vol. 27
p. 102893

Abstract

Read online

Introdução e objetivos: COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus Coronavírus-2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2). Dentre a população acometida por essa patologia, muitas permanecem com sintomas após a fase aguda das doenças, tais sendo chamadas de Síndrome pós-COVID. Esse estudo foi desenhado com o objetivo de pacientes pós-internação por COVID-19 durante a primeira (2020) e segunda onda (2021). Métodos: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, em que os dados sociodemográficos foram coletados por meio de prontuários dos pacientes infectados por COVID-19 do Hospital terciário, na cidade de Fortaleza-CE, durante os anos de 2020 e 2021. Resultados: A pesquisa contou com um total 395 pacientes na primeira onda e 152 na segunda onda. Sexo masculino 215 pacientes da primeira onda (54,43%) e 107 durante a segunda onda (70,4%). Idade média da primeira onda 56,7 anos. Durante a primeira onda, 138 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 23/13/3, perda de memória 3/4/0, insônia 7/5/0, ansiedade 8/4/1, depressão 6/4/0, dores articulares 5/3/0, queda de cabelo 8/5/0, dores musculares 18/4/1, evento trombótico 3/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 17/5/2 e tosse 24/3/1. Dos exames laboratoriais 26/11/6 apresentavam PCR elevado, 8/6/2 com d-dimeros elevados, 25/14/3 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 2/3/3 com alteração ecocardiográfica. Durante a segunda onda, 101 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 5/0/0, perda de memória 5/1/0, insônia 3/1/0, ansiedade 3/4/0, depressão 10/5/0, dores articulares 4/1/0, queda de cabelo 8/0/0, dores musculares 6/0/0, evento trombótico 4/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 0/2/0 e tosse 12/1/0. Dos exames laboratoriais 26/11/1 apresentavam PCR elevado, 2/0/1 com d-dimeros elevados, 3/2/1 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 0/0/3 com alteração ecocardiográfica. Conclusão: Com base nos resultados apresentados, pode-se observar algumas diferenças entre a primeira e a segunda onda do estudo. No grupo da primeira onda, houve uma maior incidência de sintomas relatados pelos pacientes em comparação com a segunda onda. Além disso, os pacientes da primeira onda apresentaram uma maior prevalência de alterações nos exames laboratoriais, como elevação do PCR, dímeros D elevados e alterações tomográficas pulmonares

Keywords