Horizontes Antropológicos (Apr 2019)

Dja Guata Porã: o rio indígena que desaguou no MAR

  • Mariane Aparecida do Nascimento Vieira

DOI
https://doi.org/10.1590/s0104-71832019000100009
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 53
pp. 227 – 256

Abstract

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Resumo Os processos que culminaram na independência de antigas colônias europeias afetaram disciplinas que, direta ou indiretamente, legitimaram o poder colonial. O movimento da Nova Museologia provocou ações que aproximaram o museu da comunidade, possibilitando a inserção dos grupos relacionados às coleções salvaguardadas dentro das instituições. Em contrapartida, a própria disciplina antropológica se reformulou, fornecendo ferramentas para a construção de um novo olhar sobre o acervo etnográfico. Nesse sentido, os museus têm elaborado projetos em parceria com os povos relacionados às suas coleções e produzido novas relações com os objetos etnográficos. Na esteira dessas importantes experiências que fazem dos museus um lugar para discussões culturais e políticas que atravessam grupos diversos, proponho narrar a experiência da exposição Dja Guata Porã: Rio de Janeiro Indígena, inaugurada em maio de 2017 no Museu de Arte do Rio (MAR), localizado na cidade do Rio de Janeiro.

Keywords