Revista Brasileira de Plantas Medicinais (Mar 2016)

Composição química e toxicidade frente Aedes aegypti L. e Artemia salina Leach do óleo essencial das folhas de Myrcia sylvatica (G. Mey.) DC.

  • C.S. ROSA,
  • K.S. VERAS,
  • P.R. SILVA,
  • J.J. LOPES NETO,
  • H.L.M. CARDOSO,
  • L.P.L. ALVES,
  • M.C.A. BRITO,
  • F.M.M. AMARAL,
  • J.G.S. MAIA,
  • O.S. MONTEIRO,
  • D.F.C. MORAES

DOI
https://doi.org/10.1590/1983-084X/15_006
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 1
pp. 19 – 26

Abstract

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RESUMO A dengue está entre as doenças virais de propagação vetorial mais importante no mundo, causando sérios impactos de morbidade e mortalidade. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo analisar a composição química e a toxicidade do óleo essencial de Myrcia sylvatica (G. Mey) D.C. frente Aedes aegypti e Artemia salina. Folhas de M. sylvatica foram coletadas no Parque Nacional da Chapada das Mesas, no município de Carolina (MA) no mês de fevereiro de 2012. O óleo foi obtido por hidrodestilação e sua composição química foi determinada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG/EM). O bioensaio frente Artemia salina e às larvas de 3° estádio de Aedes aegypti foram realizados em diferentes concentrações. Os dados de mortalidade foram avaliados por regressão linear para determinar os valores de CL50. Obteve-se 0,5% de rendimento, sendo o (E)-cariofileno o constituinte majoritário. O óleo essencial apresentou uma CL50 = 79,44 µg/mL frente A. salina, sendo considerado altamente tóxico. No entanto, este óleo não demonstrou efeito sobre as larvas de A. aegypti. Considerando que o teste de Artemia salina tem correlação com atividades biológicas de grande interesse terapêutico como antitumoral, o óleo essencial das folhas de M. sylvatica demonstrou potencial para desenvolvimento de produtos farmacêuticos.

Keywords