CoDAS (Nov 2023)

Análise de preditores de risco cumulativo para a gagueira persistente: percepção familiar e quantidade de rupturas da fala

  • Julia Biancalana Costa,
  • Fabiola Juste,
  • Ana Paula Ritto,
  • Fernanda Chiarion Sassi,
  • Claudia Regina Furquim de Andrade

DOI
https://doi.org/10.1590/2317-1782/20232022206pt
Journal volume & issue
Vol. 35, no. 6

Abstract

Read online Read online

RESUMO Objetivo Pesquisar duas variáveis independentes consideradas como possíveis preditores de risco cumulativo para a gagueira persistente (GP): percepção familiar da gagueira e quantidade de rupturas da fala. Método Participaram 452 crianças, com idade entre 3 a 11:11 anos, de ambos os gêneros, divididos em 4 grupos: grupo 1 (GGQ), 158 crianças com percentual de rupturas gagas ≥3% e queixa familiar de gagueira; grupo 2 (GGS), 42 crianças com percentual de rupturas gagas ≥3% e sem queixa familiar de gagueira; grupo 3 (FQ), 94 crianças com percentual de rupturas gagas ≤2.9% com queixa familiar de gagueira e grupo 4 (FS), 158 crianças com percentual de rupturas gagas ≤2.9 sem queixa familiar de gagueira. Resultados Para o grupo GGQ há relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala típicas da gagueira e houve predominância de crianças do sexo masculino. Para o grupo GGS não houve relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala. Para o grupo FQ não houve relação significante entre a queixa familiar de gagueira e quantidade de rupturas de fala. Para o grupo FS houve relação significante entre a ausência de queixa familiar de gagueira e a reduzida quantidade de rupturas de fala. Conclusão O percentual de rupturas ≥3% é um indicador de risco para a GP. A queixa familiar de rupturas do tipo repetições pode ser um indicador de risco para a GP. A queixa familiar de gagueira, isoladamente, não deve ser considerada como indicador de GP.

Keywords