Revista Brasileira de Epidemiologia (Mar 2010)

Prevalência de barreiras para a prática de atividade física em adolescentes Prevalence of barriers for physical activity in adolescents

  • Mariana Silva Santos,
  • Adriano Akira Ferreira Hino,
  • Rodrigo Siqueira Reis,
  • Ciro Romélio Rodriguez-Añez

DOI
https://doi.org/10.1590/S1415-790X2010000100009
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 1
pp. 94 – 104

Abstract

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O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de barreiras e sua associação com a prática de atividades físicas em adolescentes. O presente estudo, transversal, avaliou uma amostra representativa de escolares do ensino médio da rede pública da cidade de Curitiba-PR, Brasil. Um total de 1.609 escolares (59,7% do gênero feminino) entre 14 e 18 anos de idade reportou, por meio de um questionário, o nível de atividade física e as barreiras para a prática de atividades físicas. Para verificar a associação entre a prevalência de barreiras e a atividade física foi realizada uma análise de regressão logística para cada barreira investigada ajustando para variáveis de confusão (idade e nível socioeconômico). As análises foram realizadas separadamente para meninos e meninas. Apenas 22% dos meninos e 9% das meninas atingiram a atual recomendação para atividade física. Entre as 12 barreiras investigadas, apenas "não ter alguém para levar" não diferiu entre os gêneros. Para todas as outras, a percepção de barreiras foi maior entre as meninas (p The aim of this study was to analyze the prevalence and association of barriers to physical activity among adolescents. This cross-sectional study evaluated a representative sample of public high school students in Curitiba-PR, Brazil. A total of 1,609 school adolescents (59.7% male) between 14 and 18 years of age answered a questionnaire on physical activity status and barriers to physical activity. Logistic regressions were conducted for each barrier investigated to verify the association between the prevalence of barriers and physical activity, adjusting for confounding variables (age and socioeconomic status). Analyses were done separately for boys and girls. Only 22% of boys and 9% of girls achieved the current physical activity recommendation. Among the 12 barriers investigated, only "there is nobody to take" did not differ between boys and girls. The perception of barriers was higher for girls than boys (p < 0.05) for all other barriers. "Lack of friends company" and "feel lazy" were the barriers most often reported by boys (30.4%) and girls (51.8%) respectively; however, the barrier most strongly associated with prevalence of physical inactivity was "prefer to do other things" for both boys (OR = 5.02 (2.69 - 9.37); p < 0.05) and girls (OR = 7.10 (3.71 - 13.60); p < 0.05). Perceived barriers for the practice of physical activity were more prevalent in girls and differed as to the extent of importance between genders.

Keywords