Semina: Ciências Agrárias (May 2013)
Retrospective study of canine cases of leishmaniasis attended in São Paulo, Brazil (1997-2007)<br>Estudo retrospectivo de casos caninos de leishmaniose atendidos na cidade de São Paulo, Brasil (1997-2007)
Abstract
Leishmaniasis is zoonosis caused by pleomorphic protozoa of the genus Leishmania. The spread of the disease in Brazil lead to this retrospective survey of canine visceral leishmaniasis diagnosed at the Service of Dermatology and Medical Clinics of the Small Animal Hospital-USP. We evaluated the records of 36 dogs naturally infected with Leishmania sp, which diagnosis included disease characterization during anamnesis, physical and dermatologic examination, hematology, biochemistry, imaging, serology (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay – ELISA and/or Indirect Fluorescent Reaction – RIFI), skin histopathology and/or agent isolation from aspiration biopsy samples of lymph nodes and/or bone marrow, and immunohistochemistry. All cases were allochtonous without gender predilection; 52.8% were 13 to 48 months old, with greater occurrence in pure breed dogs (66,7%), mostly Poodles and Labradors (20.8% each). Regarding origin: Campinas, Campo Limpo Paulista, Holambra, Ilha Bela, São Roque, Sorocaba, Ubatuba and Uberaba (one case / city). The remaining 28 cases from the State of São Paulo were located in cities with reported canine-human transmission (Araçatuba – three, Bauru – one), intra-canine transmission (Cotia – five, Embu – four) or cities under investigation (São Paulo – 11, Mogi das Cruzes – one). Portugal (one) and Minas Gerais (Belo Horizonte – two) reported caninehuman transmission. Prior to the leishmaniasis development dogs remained for short or long periods in 14 cities in the State of São Paulo (Araçatuba, Birigui, Caraguatatuba, Cotia, Eldorado, Embu e Embu Guaçu, Guarujá, Ilha Bela, Itapecerica da Serra, Peruíbe, Presidente Prudente, São Roque and São Paulo) and five other Brazilian States (Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro and Santa Catarina. Most animals were oligosymptomatic (50%), 47.2% symptomatic and 2.8% asymptomatic.A leishmaniose constitui-se em zoonose causada por protozoário pleomórfico do gênero Leishmania. Em face da magnitude de alastramentro da doença no Brasil, foi realizado um levantamento retrospectivo de casos de leishmaniose canina diagnosticados nos Serviços de Dermatologia e de Clínica Médica de cães e gatos do HOVET/USP. A amostragem compôs-se de 36 casos caninos naturalmente infectados por Leishmania sp, cujo diagnóstico fora estabelecido pela caracterização por pelos dados anamnésticos, de exames físico e dermatológico, complementados por exames hematológicos, bioquímicos e imagéticos, afora sorologia (Ensaio Imunoenzimático Indireto – ELISA e/ou Reação de Imunofluorescência Indireta – RIFI), histopatologia de pele e/ou pela evidenciação do protozoário em exames parasitológicos de biópsia aspirativa de linfonodos e/ou medula óssea e pela técnica de imuno-histoquímica. Não houve predisposição por um determinado sexo; a faixa etária (52,8%) mais prevalente foi aquela dos 13 a 48 meses de vida, com maior acometimento de cães de raça definida (66,7%), principalmente Poodles e Labradores (20,8% cada). Pôde-se concluir que todos os casos foram alóctones. Quanto aos municípios de origem os animais provieram de: Campinas, Campo Limpo Paulista, Holambra, Ilha Bela, São Roque, Sorocaba, Ubatuba e Uberaba (um caso / município). Os demais 28 cães do Estado de São Paulo originaram-se de municípios com transmissão: canina e humana (Araçatuba – três, Bauru – um), canina (Cotia – cinco, Embu – quatro) ou sob investigação (São Paulo – 11, Mogi das Cruzes – um). Já Portugal (um) e Minas Gerais (Belo Horizonte – dois) são locais caracterizados como de transmissão canina e humana. Puderam-se evidenciar deslocamentos breves ou longos a 14 municípios paulistas (Araçatuba, Birigui, Caraguatatuba, Cotia, Eldorado, Embu e Embu Guaçu, Guarujá, Ilha Bela, Itapecerica da Serra, Peruíbe, Presidente Prudente, São Roque e São Paulo) e a cinco Estados (Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina). De acordo com a classificação sintomatológica, 50% eram oligossintomáticos, 47,2% sintomáticos e 2,8% assintomáticos.
Keywords