Arquivos de Gastroenterologia (Sep 2008)
The small bowel flora in individuals with cecoileal reflux Estudo da flora do delgado em doentes com refluxo cecoileal
Abstract
BACKGROUND: The observation of cecoileal reflux to barium enema is not rare; however, its causes and consequences have not been widely investigated. Considering that ileocecal junction exerts a function as barrier to invasion of bacteria from colon to small bowel, it seems interesting to study the intestinal microflora in subjects carrying cecoileal reflux. AIMS: This study aims at evaluating the ileal flora in individuals with cecoileal reflux. METHODS: A group of 36 subjects comprising 30 females and 6 males with a mean age of 54 years was assessed. Twenty-five individuals with cecoileal reflux and 11 without cecoileal reflux were submitted to small intestine contamination evaluation through the breath test with lactulose-H2 and measurement of the orocecal transit time by means of alternate current biosusceptometry. Small intestine bacterial overgrowth was characterized by orocecal transit time-H2 shortening. RESULTS: Comparison of basal H2, orocecal transit time-H2 and orocecal transit time-alternate current biosusceptometry measurements did not statistically differ between the groups with and without cecoileal reflux. Orocecal transit time-H2 was significantly smaller than orocecal transit time-alternate current biosusceptometry, particularly in individuals with cecoileal reflux. A significant correlation between the two methods was observed only in relation to control, not existing in relation to cecoileal reflux group. CONCLUSIONS: Smaller orocecal transit time-H2 and the loss of correlation with orocecal transit time-alternate current biosusceptometry observed in the individuals with cecoileal reflux suggest a differentiated behavior for such group relative to control, which could be associated with small intestine bacterial overgrowth.RACIONAL: Fato de observação não rara, é o encontro de refluxo cecoileal durante realização de enema opaco. As causas e conseqüências deste achado têm sido pouco estudadas. OBJETIVOS: Sabendo que a junção ileocecal exerce função de barreira e proteção contra a invasão do delgado pela flora colônica, realizou-se o presente estudo com a finalidade de investigar se existe contaminação ileal em indivíduos com refluxo cecoileal ao enema opaco. MÉTODOS: Investigaram-se 36 indivíduos, 30 mulheres e 6 homens, idade média de 54 anos, 25 com e 11 com ausência refluxo cecoileal. Todos submetidos a pesquisa de contaminação bacteriana do delgado por intermédio de teste respiratório com lactulose-H2 e a determinação do tempo de trânsito orocecal por meio de biossusceptometria de corrente alternada. A caracterização da contaminação do delgado foi baseada no encurtamento do tempo de trânsito orocecal medido pelo teste da lactulose-H2. RESULTADOS: A comparação dos valores basais do H2, do tempo de trânsito orocecal-H2 e tempo de trânsito orocecal-biossusceptometria de corrente alternada não diferiram estatisticamente entre os grupos com e sem refluxo cecoileal. Quando comparados os tempo de trânsito orocecal-H2 e tempo de trânsito orocecal-biossusceptometria, foi observado aumento de tendência de redução do primeiro em relação ao último nos grupos com refluxo cecoileal e correlação significante entre os dois métodos apenas no grupo-controle, inexistindo nos com refluxo cecoileal. CONCLUSÃO: Encurtamento do tempo de trânsito orocecal-H2 e sua perda de correlação com o tempo de trânsito orocecal-biossusceptometria observado em indivíduos com refluxo cecoileal, sugerem comportamento diferenciado deste grupo em relação ao grupo-controle. Possível explicação para as diferenças registradas entre os grupos, seria a presença de flora anômala nos indivíduos com refluxo cecoileal.
Keywords