Revista Brasileira de Cartografia (Apr 2017)

MAPEAMENTO DA SUPERFICIE DE NEVE NA CORDILHEIRA DARWIN ATRAVÉS DE IMAGENS DE SATÉLITE ÓTICAS E SUA RELAÇÃO COM DADOS CLIMÁTICOS (2005-2016)

  • César Alonso Rojas-Zamorano,
  • Eder Leandro Bayer Maier,
  • Jorge Arigony-Neto,
  • Jean Marcel de Almeida Espinoza,
  • Ricardo Jaña,
  • Inti Gonzalez

Journal volume & issue
Vol. 69, no. 4

Abstract

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A caracterização da superfície de neve é indispensável para compreender a dinâmica da Criosfera na patagônia austral do Chile, e torna-se mais importante quando consideramos que esta é uma área de difícil acesso devido às condições geográficas e climáticas extremas. Através do processamento de imagens orbitais dos sensores TM e OLI/TIRS presentes nos satélites Landsat 5 e 8, respectivamente, e a sua posterior classificação através do algoritmo de Classificação Supervisionada de Máxima Verossimilhança (CSMV) e da aplicação de threshold sobre o índice de Neve por Diferença Normalizada (NDSI), foram obtidas imagens binárias com as classes 1 (neve) e 0 (não-neve). Essas imagens foram vetorizadas e, então, calculadas as áreas correspondentes à superfície de neve em quilômetros-quadrados (km2). Esses resultados foram analisados e relacionados com dados climáticos de reanálise para as variáveis meteorológicas de temperatura e precipitação, obtendo um padrão de comportamento climático para cordilheira Darwin na última década. Os resultados mostram uma importante diminuição da superfície de neve, próxima a 50%, entre junho de 2005 e junho de 2016. A variabilidade climática, devida a ocorrência do El Niño durante 2015 e 2016, e a diminuição da influência da Oscilação Antártica sobre a região afetou diretamente a superfície de neve no setor ocidental da cordilheira Darwin. Finalmente, a classificação por NDSI foi mais precisa na diferenciação entre neve e nuvens, enquanto que o em termos de quantidade de superfície de neve calculada tanto o NDSI quanto a CSMV mostraram resultados próximos.