Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jun 2000)

Técnica cirúrgica simplificada pode ser eficaz no tratamento da fibrilação atrial crônica secundária a lesão valvar mitral?

  • Renato A. K. KALIL,
  • Gustavo G. LIMA,
  • Rogério ABRAHÃO,
  • Márcio L. STÜRMER,
  • Álvaro ALBRECHT,
  • Paulo MORENO,
  • Tiago L. L. LEIRIA,
  • Leonardo M. PIRES,
  • João Ricardo M. SANT'ANNA,
  • Paulo R. PRATES,
  • Ivo A. NESRALLA

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76382000000200005
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 2
pp. 129 – 135

Abstract

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INTRODUÇÃO: Fibrilação atrial tem sido tratada pelo procedimento do Labirinto (Cox) e suas modificações. Há, no entanto, evidências de que o isolamento dos óstios das veias pulmonares ou exclusão do átrio esquerdo poderia ser eficaz para este fim. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Avaliamos os resultados iniciais da técnica simplificada de isolamento cirúrgico dos óstios das veias pulmonares para tratar fibrilação atrial crônica em pacientes operados por lesão valvar mitral. Foram tratados 7 pacientes por esta técnica (grupo IVP) e comparados com série prévia de 57 casos submetidos a cirurgia do Labirinto (Cox 3). RESULTADOS: A idade média foi de 49±8 anos vs 49±11 anos, (IVP vs. Cox3), sendo 71% e 72% (IVP vs. Cox 3) do sexo feminino. Dimensões do átrio esquerdo 5,5±0,7 cm vs. 6,0±1,1 cm (IVP vs. Cox 3). Fração de ejeção ventricular 63±10% vs. 64±6% (IVP vs. Cox 3). Tempo CEC 91±33 min vs. 104±29 min (IVP vs. Cox 3). Tempo de isquemia71±23 min vs. 83±26 min (IVP vs. Cox 3). Ritmo pós-operátório sinusal/atrial n(%): 6(86) vs. 46(80) (IVP vs. Cox 3). Ritmo marcapasso n(%):1 (14) vs. 4 (7) (IVP vs. Cox 3). Fibrilação atrial n(%): 0 vs. 7 (13) (IVP vs. Cox 3). CONCLUSÕES: Resultados iniciais mostram reversão a ritmo sinusal na maioria dos casos em ambos procedimentos e manutenção do ritmo a longo prazo. Foi iniciado estudo prospectivo randomizado para avaliar o IVP comparativamente ao procedimento Cox 3.

Keywords