ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (Mar 2013)

Reconstituição do trato digestivo após falha de esofagogastro ou esofagocolo anastomose Digestive tract reconstitution after failed esophago-gastro or esophago-coloanastomosis

  • Italo Braghetto,
  • Gonzalo Cardemil,
  • Attila Csendes,
  • Aliro Venturelli,
  • Mauricio Herrera,
  • Owen Korn,
  • Sergio Sepúlveda,
  • Jorge Rojas

Journal volume & issue
Vol. 26, no. 1
pp. 7 – 12

Abstract

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RACIONAL: Disfagia grave ou mesmo afagia pode ocorrer após esofagectomia secundária à necrose do órgão ascendido com estenose severa ou separação completa dos cotos. Ruptura catastrófica esofágica ou gástrica impulsiona a decisão de "desconectar" o esôfago, a fim de evitar graves complicações sépticas. As operações utilizadas para restabelecer a descontinuidade do esôfago não são padronizadas e reoperações para restabelecimento do trânsito digestivo superior são um verdadeiro desafio. MÉTODOS: Este é estudo retrospectivo da experiência dos autores durante 17 anos incluindo 18 pacientes, 14 previamente submetidos à esofagectomia e quatro esofagogastrectomia. Eles foram operados com o fim de restabelecer o trato digestivo superior. RESULTADOS: Refazer esofagogastro anastomose foi possível em 12 pacientes, 10 por meio da abordagem cervical e combinando esternotomia em quatro, a fim de realizar a nova anastomose. Em cinco pacientes esofagocolo anastomose foi novamente realizada. Interposição de enxerto livre de jejuno foi realizada em um paciente. As complicações ocorreram em 10 pacientes (55,5%): deiscência anastomótica em três, estenose em quatro, condrite esternal em dois e abscesso cervical em um. Não se observou mortalidade. CONCLUSÃO: Existem diferentes opções cirúrgicas para o tratamento desta situação clínica difícil e arriscada; deve ser tratada com procedimentos adaptados de acordo com o segmento anatômico disponível para ser usado, escolhendo o procedimento mais conservador.BACKGROUND: Severe dysphagia or even aphagia can occur after esophagectomy secondary to necrosis of the ascended organ with severe stricture or complete separation of the stumps. Catastrophic esophageal or gastric disruption drives the decision to "disconnect" the esophagus in order to prevent severe septic complications. The operations employed to re-establish esophageal discontinuity are not standardized and reoperations for re-establishment of the upper digestive transit are a real challenge. METHODS: This is retrospective study collecting the authors experience during 17 years including 18 patients, 14 of them previously submitted to esophagectomy and four to esophagogastrectomy. They were operated on in order to re-establish the upper digestive tract. RESULTS: Redo esophago-gastro-anastomosis was possible in 12 patients, 10 through cervical approach and combined with sternotomy in four in order to perform the new anastomosis. In five patients a new esophago-colo anastomosis was performed. Free jejunal graft interposition was performed in one patient. Complications occurred in ten patients (55.5 %): anastomotic leaks in three, strictures in four, sternal condritis in two and cervical abscess in one. No mortality was observed. CONCLUSION: There are different surgical options for the treatment of this difficult and risky clinical situation which must be treated with tailored procedures according to the anatomic segment available to be used, choosing the most conservative procedure.

Keywords