Revista Polis e Psique (Oct 2019)

O Mito das Oficinas Terapêuticas

  • Fernando Sfair Kinker,
  • Jaquelina Maria Imbrizi

DOI
https://doi.org/10.22456/2238-152X.58440

Abstract

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Quais os critérios que poderiam pautar a escolha de um profissional para trabalhar com oficinas terapêuticas como dispositivo de cuidado em Saúde Mental? Possíveis encaminhamentos a essas questões são apontados à luz de reflexões que emergiram tanto da leitura do artigo “O Mito das Atividades Terapêuticas”, publicado em 1990, quanto das experiências dos autores em ensino, pesquisa e extensão. O objetivo deste ensaio é contextualizar a oferta de oficinas em suas articulações com os territórios existenciais e geográficos dos sujeitos, as concepções de Projeto Terapêutico Singular e a sua potência em produzir intervenções culturais e transformação social. Para tanto, são apontados os avanços que ocorreram e seus desafios, nos últimos 25 anos, nos modos de conceber e conviver com a loucura e a desrazão referenciados nas discussões sobre a desinstitucionalização e a implantação da Reforma Psiquiátrica brasileira. Trata-se de desconstruir mitos que coagulam a vida, em vez de torná-la fluida.

Keywords