Diacrítica (Jul 2020)

A dialética em estado de exceção

  • Ivan Delmanto Franklin de de Matos

DOI
https://doi.org/10.21814/diacritica.525
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2

Abstract

Read online

Este artigo propõe uma análise da peça teatral “À flor da pele”, da dramaturga brasileira Consuelo de Castro, escrita em 1969, durante o auge da ditadura civil militar brasileira. Procura-se demonstrar que o texto pode ser melhor compreendido utilizando-se o conceito de alegoria, tal como definido pelo filósofo Walter Benjamin. Seguindo esta leitura, a linguagem alegórica desloca os parâmetros da forma dramática tradicional, de origem europeia, modificando-a a partir do confronto com o contexto histórico brasileiro do período. Essa realidade histórica, fraturada pelos ditames de um Estado de exceção, teria gerado uma espécie particular de drama negativo, que procuraremos revelar durante o texto.

Keywords