INFAD (Apr 2015)

Intervenções não farmacológicas de redução da dor em uso na vacinação de lactentes non-pharmacological pain relief interventions used in infant vaccination

  • Dulce Maria Pereira Garcia Galvão,
  • Rosa Maria Correia Jerónimo Pedroso,
  • Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Ramalho

DOI
https://doi.org/10.17060/ijodaep.2015.n1.v1.254
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 1
pp. 89 – 98

Abstract

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Antecedentes: A administração de vacinas injetáveis é a causa mais comum de dor iatrogénica na infância (Shah et al., 2009). O tratamento da dor na imunização reduz o desconforto e melhora a satisfação da criança/família (Taddio et al., 2009). A amamentação é uma intervenção não farmacológica eficaz na prevenção da dor de crianças vacinadas (Tansky Lindberg, 2010). Objetivos: Conhecer as intervenções não farmacológicas de redução da dor utilizadas pelos enfermeiros na vacinação de lactentes e identificar se, quando vacinam crianças amamentadas, utilizam a amamentação como intervenção sensorial e cognitivo-comportamental de redução da dor. Participantes e Métodos: Estudo descritivo/exploratório segundo a metodologia qualitativa junto de 17 Enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários a frequentar Cursos de Pós Licenciatura/Mestrados numa Escola Superior de Enfermagem. Colheram-se dados por entrevista semiestruturada, de Maio/Junho/2012 após aprovação da Comissão de Ética. A amostra, de 12 participantes, foi intencional. Os critérios de inclusão assentaram em serem enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários e que vacinassem lactentes. No tratamento da informação recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin (Bardin, 2008). Resultados: Diferentes estratégias não farmacológicas de alívio da dor durante a vacinação, isoladas ou em conjunto, são utilizadas. Das estratégias não farmacológicas utilizadas emergiram duas categorias: medidas de conforto e aspetos técnicos. Quando os enfermeiros vacinam crianças amamentadas, a amamentação durante a vacinação acontece se solicitada pelas mães. Houve enfermeiros que a utilizam antes ou após a vacinação mas interrompem na vacinação. Alguns enfermeiros não a adotam por receio de engasgamento ou outras consequências e desconhecem serviços onde utilizem. Conclusões: Os enfermeiros estão despertos para a utilização de estratégias não farmacológicas de redução da dor na vacinação. Porém, nas crianças amamentadas na generalidade, não utilizam a amamentação. Há necessidade de formação sobre amamentação face à eficácia na diminuição da dor durante a vacinação.

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