Acta Paulista de Enfermagem (Mar 2024)

Dor pélvica crônica em mulheres: o caminho para a alta ambulatorial

  • Luciana Marinho de Jesus,
  • Mariana Barreira Duarte de Sousa,
  • Nayara Pereira de Oliveira,
  • Leidiene Ferreira Santos,
  • Délio Marques Conde,
  • Leonora Rezende Pacheco,
  • José Miguel de Deus

DOI
https://doi.org/10.37689/acta-ape/2024ao0002882
Journal volume & issue
Vol. 37

Abstract

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Resumo Objetivo Compreender o significado da dor pélvica crônica sob a ótica das mulheres diagnosticadas e analisar os fatores determinantes para a alta ambulatorial. Métodos Pesquisa de natureza qualitativa, tendo como referencial teórico metodológico a Pesquisa Social do tipo Estratégica. Participaram do estudo 14 mulheres, sendo sete em seguimento ambulatorial e sete que receberam alta, no ambulatório de ginecologia de um hospital universitário no município de Goiânia, Goiás, Brasil. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questões norteadoras. A análise dos resultados baseou-se na modalidade temática da análise de conteúdo, segundo Bardin. Resultados A análise dos dados culminou em três categorias temáticas: “Antes da dor”, “Convivendo com a dor” e “ Tratando a dor”. O abandono afetivo parental, o luto, o desentendimento com os pais e dificuldades na infância foram proeminentes antes do início da dor. O surgimento da dor relacionou-se ao nascimento dos filhos, menarca, cirurgias e conflitos familiares. A convivência com a dor promoveu grande sofrimento, medo, prejuízo aos relacionamentos e à atividade laboral. A melhora do estado emocional e das condições financeiras, a resolução dos conflitos matrimoniais, a oportunidade de poder expressar-se e conversar com outras pacientes, o uso de medicamentos e alguns procedimentos cirúrgicos foram determinantes para o controle da dor e da alta ambulatorial. Conclusão A dor pélvica crônica relacionou-se a sofrimentos socioeconômicos, emocionais e físicos. A resolução destes aspectos contribuíram para a alta ambulatorial.

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