Projeto História (Dec 2015)
Exílio forçado, desterro colonial e deportação política durante o Estado Novo salazarista: um olhar a partir de uma publicação situada
Abstract
Perfazendo aproximadamente 40 anos após a libertação da última leva dos presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, no quadro do Regime do Estado Novo, a multiplicidade de análises históricas que o assunto requer e exige, quer na perspectiva de construção de narrativas históricas e de recuperação de memórias, quer no âmbito de estudos antropológicos, sociológicos ou mesmo das condições carcerárias das instalações em questão, dizíamos, a multiplicidade de análises históricas que o assunto reclama vem ganhando alguma tessitura e aprofundamento. Atentemos, por exemplo, aos trabalhos recentemente dados à estampa[1] nas modalidades de dissertação de mestrados e outras. A presente obra intitulada “Campos de Concentração em Cabo Verde: As Ilhas Como Espaços de Deportação e de Prisão no Estado Novo”, da autoria de Victor Barros, editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra no ano 2009, depois de ter recebido a Menção Honrosa no Prémio de História Contemporânea Victor de Sá [1] Veja-se, por exemplo: BRITO, Nélida (2006). Tarrafal na Memória dos Prisioneiros, (1936-1954). Lisboa: Edições Dinossauro; TAVARES, José M. S. (2007). Campo de Concentração do Tarrafal. Lisboa, Colibri.