Revista Ciência em Extensão (Dec 2012)

Inclusão digital para uma menor exclusão social a partir do projeto de extensão HD – herança digital

  • Lisandra Ramos,
  • Bruno Pigari Martins,
  • Barbara Sayuri Watanabe,
  • Beatriz Saraiva Matos,
  • Caroline Magalhães Watanabe,
  • Cristina Miyori Ishimatsu,
  • Emanuela Gonçalves,
  • Eric Hideki,
  • Fernanda das Chagas Ruas,
  • Felipe Tiago Salvador,
  • Gabriel Dourado Rueda,
  • Gisella Graziolli,
  • Isabella Bonfitto,
  • Júlia Namiko Tada,
  • João Paulo Estanti Copertino,
  • Juliana Nardi Augusto,
  • Jacqueline Mesquita da Silva,
  • Luana Kaoru Donomai,
  • Lucas Verzgnassi,
  • Lucyla Tiemi Nagura,
  • Luiz Teixeira,
  • Márcia de Jesus Silva,
  • Ariana Gonçalves de Moraes,
  • Pedro Rezende Faria de Paula,
  • Rodrigo Silva de Almeida,
  • Sabrine Fumie Serikawa,
  • Sandy Regina Zambeli,
  • Smairah Frutuoso Abdallah,
  • Tatiane Teixeira Porfírio,
  • José Roberto da Silva Brêtas

Journal volume & issue
Vol. 8, no. 3
pp. 183 – 191

Abstract

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O Projeto HD?Herança Digital é um projeto de extensão vinculado a Pró?Reitoria de Extensão da Universidade Federal de São Paulo ? UNIFESP ? idealizado pelos alunos de graduação do curso de Tecnologias em Saúde campus São Paulo (Tecnologia Oftálmica, Radiológica e Informática em Saúde). Surgiu da iniciativa dos graduandos, os quais almejavam retribuir e partilhar com a sociedade o que o ambiente público universitário os proporcionava. Após a ideia concretizada, os alunos buscaram o apoio da Pró?Reitoria de Extensão para a efetivação do projeto. Atualmente, o HD ocorre na Unidade Avançada de Extensão de Santo Amaro, região que abriga uma ampla área de comércio popular e uma das populações mais vulneráveis economicamente dos domínios do distrito de Santo Amaro. O projeto HD assim como qualquer projeto de Extensão, faz parte de um processo transdisciplinar, educativo, culltural, científico e político que visa promover a integração e a transformação da sociedade por meio da interação com a mesma, o que nos remete ao FORPROEX 1987. Através deste instrumento, a universidade tem a oportunidade de levar até a comunidade o saber do qual é detentora, socializando e democratizando o conhecimento. Assim, a informação não se traduz no privilégio apenas da minoria que é aprovada no vestibular, mas difundida pela comunidade, consoante com os próprios interesses desta (1). O acesso à tecnologia da informação aprimora e recria os processos de educação e comunicação da sociedade em que vivemos. Além da comunicação, a otimização do tempo e espaço no cotidiano, tanto no trabalho como na sua residência, são melhorados através de novas ferramentas de acessibilidade que o indivíduo adquire. Inclusão, do latim inclusione, significa ato ou efeito de incluir, segundo o dicionário Aurélio. O projeto tem como um dos objetivos a inclusão social e digital de todos. Neste momento, vale ressaltar que o projeto busca a inclusão e não a inserção, uma vez que para alguém ser inserido é necessário que haja uma seleção enquanto para ser incluído há a necessidade do sujeito querer ser incluso e da verificação dasoportunidades vigentes no momento. A universidade deve obrigatoriamente estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade (2). Com isso, a extensão Universitária na UNIFESP tem uma grande ênfase em trabalhos que fomentam a aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, propiciam vivências de situação?problema e possibilitam reflexões sobre elas. Dessa forma deve?se pensar em meios para que a universidade atinja esses objetivos na difusão da sua essência maior, que é o conhecimento para todos independente da variedade regional, social ou etária. A participação social é fundamentada em uma problemática pedagógica que engloba as preocupações e interesses do público a extinguir sua exclusão digital. Estes pontos em questão são reflexos de: um não preenchimento dos pré?requisitos do mercado de trabalho, frustração pessoal e inserção no mundo moderno. Carl Rogers relata que “por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação da ação futura que escolhe, nas suas atitudes e ou na sua personalidade” (3). No intuito de atingir um objetivo, a necessidade de abrir caminho por um processo pedagógico, específico, pode?se acreditar que as ferramentas da pedagogia são trilhos para a educação, como teoria e prática, respectivamente, com um desfecho do ser humano a ser educado (4). A extensão, como forma da minimização da disparidade do mercado, tem as tecnologias como agente educador. Estas aplicadas com maestria a partir de um estudo regional e embasadas em um plano pedagógico, reafirma a aplicabilidade da transferência do conhecimento entre professor e aluno. Velocidade, precisão, controle, diversidade, facilidade são apenas alguns dos fatores que a tecnologia influencia na área de comunicação. O governo se beneficia com a rede para ficar cada vez mais próximo do cidadão.

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