Revista DAE (Mar 2021)

Tratamento de lixiviado de aterro sanitário, efluente de banheiro químico e lodo de tanque séptico combinado com esgoto sanitário

  • Luis Alcides Schiavo Miranda,
  • Ândrea Aline Rosa de Souza,
  • Luciana Paulo Gomes,
  • Marcelo de Oliveira Caetano

DOI
https://doi.org/10.36659/dae.2021.042
Journal volume & issue
Vol. 69, no. 230
pp. 215 – 230

Abstract

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O tratamento de lixiviado de aterro sanitário, efluente de cabines sanitárias e lodo de fossa séptica combinado com esgoto sanitário tem sido uma estratégia utilizada para reduzir custos operacionais no tratamento de efluentes externos (EE). Entretanto, ainda não há consenso sobre os impactos na segurança operacional e na eficiência das estações de tratamento de esgotos sanitários (ES). Este trabalho avaliou um sistema de lodos ativados do tipo RSB tratando ES e EE. O percentual total de EE adicionados ao ES foi de 3,6% da vazão de ES tratado, provocando um aumento na carga afluente de DQO, DBO e nutrientes. As cargas de choque decorrentes da entrada dos EE dificultaram a manutenção de características adequadas de sedimentabilidade do lodo aeróbio, verificado pela perda de biomassa no efluente final e aumento do índice volumétrico de lodo de 46 mL.g-1 para 287 mL.g-1. A relação A/M oscilou entre 0,42 d-1 e 0,82 d-1. A entrada dos EE contribuiu para decréscimo na remoção de matéria orgânica e nutrientes. Análise do lodo ativado apresentou 56% de Fe, 16% de Ca, 10% de Si, 8% de S, 4% de Zn, 3% de Cu, 1,5% de Mn e 1,2% de K adsorvidos aos flocos, possivelmente devido à entrada dos EE.

Keywords