Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (May 2024)

Prescrição de antimicrobianos e resistência bacteriana em uma Unidade de Terapia Intensiva do Brasil

  • Lucia Collares Meirelles,
  • Vera Lúcia Milani Martins,
  • Diogo Pilger

DOI
https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.19024
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 1

Abstract

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Justificativa e Objetivos: a resistência aos antimicrobianos é um dos principais problemas de saúde pública mundial. As Unidades de Terapia Intensiva têm alta prevalência de microrganismos resistentes e de infecções, e o uso racional dos antibióticos é uma das principais estratégias para o enfrentamento desse problema. O objetivo do trabalho é descrever padrões associados aos medicamentos antimicrobianos, assim como o perfil de resistência dos microrganismos. Métodos: estudo observacional descritivo, utilizando dados dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva e que fizeram uso de antimicrobianos. Resultados: causas respiratórias e cardiológicas foram os motivos de internação mais frequentes, sendo cefalosporinas (29,02%), penicilinas (25,84%) e macrolídeos (16,10%) as classes de antibióticos mais utilizadas. Os microrganismos predominantes foram Klebsiella pneumoniae (13,98%), Staphylococcus aureus (13,44%) e Acinetobacter baumannii (11,83%). As uroculturas e aspirado traqueal foram os exames de cultura com maior crescimento de microrganismos gram-negativos. Pacientes com bactérias isoladas no aspirado traqueal tiveram maior tempo de internação; 20 pacientes tiveram culturas de vigilância positivas; e a mortalidade encontrada foi de 55,45%. Conclusão: o estudo combinou o perfil epidemiológico da instituição com as características dos pacientes, microrganismos isolados e os desfechos.

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